Governadora de Nova Iorque soma mais 12 mil óbitos a balanço oficial

A nova governadora de Nova Iorque, Kathy Hochul, que tomou posse na terça-feira, prometeu mais transparência governamental e, no primeiro dia em funções, reviu em alta o número de mortes por covid-19 naquele Estado, para um total de 55.400.

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Lusa
25/08/2021 18:07 ‧ 25/08/2021 por Lusa

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Covid-19

 

O número de vítimas mortais apresentado pela equipa de Kathy Hochul acrescenta 12 mil óbitos ao balanço divulgado pelo seu antecessor Andrew Cuomo na segunda-feira, o último dia do seu mandato, que dava conta de 43.400 mortes associadas à doença covid-19 no Estado norte-americano de Nova Iorque.

O novo balanço tem como base os dados das certidões de óbito apresentadas junto do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos da América (CDC, na sigla em inglês).

"Estamos a divulgar mais dados (...), para que as pessoas saibam que as mortes em lares de idosos e as mortes hospitalares são consistentes com o que está a ser divulgado pelo CDC", afirmou hoje Kathy Hochul em declarações ao canal MSNBC.

"Há muitas coisas que não estavam a acontecer e eu vou fazê-las acontecer. A transparência será a marca da minha administração", reforçou Kathy Hochul, que se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de governadora de Nova Iorque.

Kathy Hochul substituiu no cargo Andrew Cuomo, que se demitiu por estar a ser investigado por acusações de assédio sexual.

A nova governadora irá liderar o Estado de Nova Iorque até às eleições de 2022, embora já tenha manifestado a intenção de concorrer para ganhar o cargo nas urnas.

A agência norte-americana Associated Press (AP) recordou hoje que em julho passado noticiou, pela primeira vez, que existia uma grande discrepância entre os números de óbitos divulgados pela administração de Cuomo e os dados da agência federal CDC.

A contagem utilizada pela equipa de Cuomo só incluía as mortes por covid-19 confirmadas em laboratório, através de um sistema estadual que recolhe dados de hospitais, lares e instalações de cuidados para adultos.

O balanço excluía assim pessoas que morriam em casa, hospícios, prisões estaduais ou em residências geridas pelo Estado para pessoas com deficiência. Também excluía pessoas que provavelmente morreram de covid-19, mas que nunca realizaram um teste para confirmar o diagnóstico.

Os críticos de Andrew Cuomo chegaram a acusá-lo de estar a manipular as estatísticas da pandemia de covid-19 para ter ganhos políticos e para reforçar a sua popularidade.

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado a nível global pela pandemia de covid-19, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 630.816 mortes entre 38.075.085 casos recenseados, segundo a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins.

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