Os responsáveis de todos os departamentos militares dos Estados Unidos receberam na quarta-feira uma circular onde Lloyd Austin pediu a imunização das tropas que ainda não foram vacinadas.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, explicou durante uma conferência de imprensa que serão utilizadas todas as vacinas aprovadas pela agência norte-americana do medicamento (FDA, em inglês).
Até agora, a única vacina com aprovação total pela FDA é a da empresa farmacêutica Pfizer, enquanto as outras duas usadas no país, a Moderna e a Johnson & Johnson, estão licenciadas apenas para uso de emergência.
Questionado sobre a possibilidade de haver soldados que não se queiram vacinar, John Kirby realçou que esta é "uma ordem legal".
"Entendemos que as nossas tropas seguem ordens legais. Quando se levanta a mão direita e se faz o juramento, é isso que se concorda em fazer", acrescentou.
O porta-voz disse ainda que os comandantes têm "muitas ferramentas disponíveis" para aumentar a taxa de vacinação e fazer com que os soldados tomem "a decisão certa sem recorrer a medidas disciplinares".
Em 09 de agosto, o Pentágono tinha anunciado que iria dar a ordem para que todos os militares no ativo fossem vacinados contra a covid-19 a partir de setembro.
O número de novos casos e internamentos aumentou no último mês nos Estados Unidos, devido à disseminação da variante Delta do novo coronavírus.
Perante os números, a Casa Branca anunciou no final de julho que obrigará os mais de quatro milhões de trabalhadores do Governo dos Estados Unidos a apresentarem um certificado de vacinação, caso não aceitem realizar um teste regularmente.
Segundo o coordenador da Casa Branca para a resposta à covid-19, Jeff Zients, a agressividade da variante Delta fez com quem nas últimas semanas muitos se apressassem a vacinar.
Em concreto, Jeff Zients revelou que a taxa de inoculações aumentou 70% desde meados de julho.
Em média, cerca de 450 mil norte-americanos estão a receber diariamente a primeira dose da vacina, um aumento significativo face aos 260 mil no mês anterior.
A covid-19 provocou pelo menos 4.451.888 mortes em todo o mundo, entre mais de 213,1 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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