Iraque reivindica papel de mediador no Médio Oriente com apoio da França

O primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al Kazemi, reivindicou hoje, numa conferência em Bagdade que reuniu líderes e representantes do Médio Oriente, um novo papel como mediador naquela região, tendo como apoiante o Presidente francês, Emmanuel Macron.

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Lusa
28/08/2021 17:11 ‧ 28/08/2021 por Lusa

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"O papel histórico do Iraque pode ser um dos pilares da estabilidade da região e estabelecemos uma base sólida para definir esse papel, começando pela recusa de usar as terras iraquianas como palco de conflitos regionais e internacionais ou como ponto de partida para agressões contra vizinhos ", disse Mustafa al Kazemi, durante o seu discurso de abertura da Conferência de Bagdade sobre Cooperação e Associação, que acontece hoje.

O primeiro-ministro iraquiano considerou que a convocação da conferência de Bagdade "personifica a visão iraquiana" de estabelecer "melhores relações com os países do mundo com base na cooperação, integração, não ingerência nos assuntos internos e no predomínio da linguagem do diálogo, da cooperação e respeito mútuo".

Em relação ao terrorismo, tema predominante da cimeira, Al Kazemi referiu que ambiciona fazer mais progressos "na reconstrução", especialmente nas infraestruturas do país "que sofreu grandes danos durante décadas devido a guerras absurdas, má gestão, terrorismo e descontrolados armas ".

O Presidente francês, Emmanuel Macron, destacou, por seu lado, o papel do Iraque e seu compromisso em apoiar o país e as forças de segurança em sua missão antiterrorista contra as células do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que continuam a operar no país, apesar de em 2017 Bagdade ter declarado o propósito territorial do EI.

"A conferência de hoje mostra a vontade de cooperar, de construir alianças apesar das disputas e mal-entendidos", disse o chefe de Estado francês, acrescentando que a região do Médio Oriente "precisa de fóruns onde todos possam conversar entre si para resolver as disputas existentes".

Um dos objetivos da conferência de Bagdade, mesmo sem ter havido referência explícita, foi reunir os rivais Irão e Arábia Saudita, países que enviaram seus chanceleres àquela reunião na capital do Iraque.

No início deste ano, o Iraque organizou rondas de negociações que foram conduzidas secretamente até a confirmação oficial, dias depois, entre a Arábia Saudita e o Irão, algo significativo, mas que não levou a nenhum progresso no terreno.

O Iraque, com maioria xiita, está na linha divisória entre o Irão xiita e o resto dos países árabes da região, na maioria sunitas e liderados pela Arábia Saudita.

O Presidente egípcio, Abdelfatah al Sisi, o rei Abdullah II da Jordânia também participam na conferência, bem como o emir do Catar, Tamim bin Hamad al Zani, o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlüt Çavusoglu, e o vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed bin Rashid al Maktum, entre outros.

Leia Também: Presidente francês alerta que Estado Islâmico continua a ser uma ameaça

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