Os manifestantes iniciaram o protesto com uma marcha, que incluía veículos automóveis, para denunciar o que consideram ser a gestão ruinosa do Governo face à pandemia de covid-19 e exigir a demissão do primeiro-ministro, Prayut Chan-ocha.
Segundo vídeos e fotografias da rede Thai Rath, a polícia utilizou água com corante roxo para permitir a identificação e a detenção dos manifestantes, que, de acordo com as autoridades, violaram as restrições às manifestações públicas devido à pandemia.
Alguns dos manifestantes e a polícia protagonizaram confrontos no cruzamento de Ding Daeng, onde a violência entre os participantes e forças de segurança se repetiu por vários dias durante este mês.
Em 16 de agosto, um jovem de 20 anos ficou em coma devido a um tiro na cabeça que os manifestantes atribuíram à polícia, tendo as autoridades negado a utilização de munições reais.
Nas últimas semanas, os protestos a exigir a demissão do primeiro-ministro tornaram-se mais violentos e, em certas ocasiões, os manifestantes atearam fogo a veículos ou a pequenos postos policiais.
As manifestações ganharam novo fôlego com as críticas à gestão do atual Governo contra a pandemia de covid-19, a pior onda que o país já registou desde o início da crise no país, que acumula mais de 1,16 milhões de infeções e 10.800 mortes.
Além da demissão de Prayut (o general que liderou o golpe de Estado de 2014 e venceu as polémicas eleições de 2019), alguns dos grupos que convocaram o protesto reivindicam uma profunda reforma democrática do país que alcance inclusivamente a monarquia, que tem fortes laços com o Exército e um papel fundamental na política tailandesa.
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