As 69 manifestações, coordenadas através das redes sociais, foram realizadas em frente ao parlamento de Nova Gales do Sul, com sede em Sidney, e frente às câmaras municipais desta cidade, de acordo com um comunicado da polícia local.
Outros grupos de pessoas também se juntaram, muitas das quais sem usar máscara facial, noutras cidades do estado, bem como dos estados vizinhos de Queensland e Victoria, de acordo com vídeos divulgados nas redes sociais.
As manifestações foram organizadas inicialmente por camionistas, para protestar contra a vacinação obrigatória daqueles que residem na área de maior disseminação de covid-19 em Sidney, mas também por trabalhadores de atividades essenciais que têm de se deslocar entre Nova Gales do Sul e o estado vizinho de Queensland.
Estas manifestações de rua surgem na sequência dos protestos realizados no final de julho e início deste mês, que atraíram milhares de pessoas em Sidney e Melbourne, contando mesmo com alguns confrontos com a polícia.
A Austrália luta contra um surto da variante delta da covid-19 (mais contagiosa), detetada em Sidney em meados de junho, que forçou a cidade e as comunidades vizinhas a serem confinadas a partir de 26 de junho, decisão que foi depois sendo seguida por outras partes de Nova Gales do Sul.
Esta jurisdição, a mais populosa da Austrália, registou hoje 1.164 infeções locais e três mortes, a maioria das quais em Sidney, o que eleva o total acumulado para mais de 18.000 casos ativos desde o início deste surto.
Por sua vez, Victoria, que registou 76 infeções na comunidade, planeia anunciar esta semana um prolongamento do confinamento, depois de o Território da Capital Australiana, com 13 infetados por covid-19, já ter prolongado o estado de confinamento mais duas semanas.
A Austrália, que acumula mais de 53.500 infetados e 1.005 mortes desde o início da pandemia, administrou, até agora, o esquema completo de vacinas contra a covid-19 a menos de 35% da sua população adulta, mas tem o objetivo de imunizar 80% da sua população antes de reabrir as fronteiras internacionais que foram encerradas em março de 2020.A covid-19 provocou pelo menos 4.500.620 mortes em todo o mundo, entre mais de 216,34 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.721 pessoas e foram contabilizados 1.034.947 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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