A medida foi anunciada em 12 de julho numa comunicação do primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, e, segundo as estimativas da Federação Nacional dos trabalhadores dos hospitais públicos, destina-se aos cerca de 10.000 profissionais ainda não vacinados, cerca de 10% do total.
"Estamos a pressionar os profissionais de saúde para se vacinarem, mas somos contra a vacinação obrigatória, o que coloca um problema democrático", declarou à agência France-Presse Dimitris Kuruvalakis, do comité executivo daquela federação.
A estrutura sindical "apelará à greve e a uma concentração diante do Ministério da Saúde em caso de suspensões", advertiu o seu presidente, Michalis Giannakos, em declarações à agência noticiosa grega ANA.
Várias concentrações realizaram-se hoje em frente a hospitais do país para protestar contra a vacinação obrigatória e chamar a atenção para as consequências das suspensões no funcionamento dos serviços de saúde.
Segundo o jornal económico Naftemporiki, o serviço de ambulâncias poderá ter de funcionar com 1.245 profissionais a menos.
O Governo grego tomou medidas para encorajar o máximo de pessoas a vacinar-se para lutar contra a propagação da variante delta do novo coronavírus. A quase totalidade dos doentes hospitalizados com respiração artificial não está vacinada.
Além dos profissionais de saúde, a vacinação é também obrigatória para os funcionários dos lares de idosos.
Mais de 5,7 milhões dos 10,7 milhões de habitantes da Grécia já levaram as duas doses da vacina.
A covid-19 provocou pelo menos 4.518.163 mortes em todo o mundo, entre mais de 217,63 milhões de infeções registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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