"Com flores não se ganha a guerra. Se você fala de armamento (...) Se você quer paz, se prepare para a guerra", disse o presidente brasileiro, após a entrega de uma medalha para lutador de boxe Hebert Conceição, que ganhou o ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Bolsonaro fez estas declarações a seis dias dos protestos convocados pelos seus apoiantes no feriado de 07 de setembro -- data em que se comemora a independência do Brasil - um na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e outro na avenida Paulista, em São Paulo.
Com presença confirmada nestes protestos, o Presidente brasileiro espera contar com milhares de pessoas e mostrar força eleitoral no meio de uma crise institucional provocada por si mesmo com o poder judiciário, além das crises sanitária causada pela pandemia, económica e social que afeta o país.
No entanto, uma sondagem da Quaest Consultoria divulgada hoje apontou que 48% dos brasileiros faz uma avaliação negativa de Bolsonaro, um crescimento de quatro pontos percentuais face ao levantamento anterior que havia sido divulgado no início de agosto.
A avaliação positiva do Presidente brasileiro caiu de 26% para 24%. Já a avaliação regular ficou em 26%.
Enquanto a avaliação negativa de Bolsonaro cresceu entre o eleitorado, a mesma sondagem mostrou que o ex-Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva continua com tendência de alta no que diz respeito às intenções de voto nas presidenciais de 2022.
A sondagem da Quaest Consultoria indica que Lula da Silva terá 47% das intenções de voto, contra 26% de Bolsonaro. O ex-ministro Ciro Gomes aparece com 9% e o governador de São Paulo, João Dória, com 6%.
Numa eventual segunda volta, Lula da Silva venceria o atual Presidente com 55% dos votos contra 30%.
A Quaest ouviu 2.000 eleitores entre os dias 26 e 29 de agosto e tem uma margem de erro de dois pontos percentuais.
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