'Packs' com experiências que ninguém quer ter para ajudar quem sofre

Inspirados nos 'packs' de experiências, como tratamentos de beleza ou jantares românticos, a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) lançou os packs anti-experiência para ajudar os milhares de deslocados que fogem da violência em Cabo Delgado, Moçambique.

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Lusa
06/09/2021 12:24 ‧ 06/09/2021 por Lusa

Mundo

Cabo Delgado

Estes 'packs' anti-experiência pretendem sensibilizar para a vulnerabilidade do percurso migratório de quem foge da guerra, mas também dar aos portugueses a oportunidade de contribuírem para o futuro de muitas crianças e famílias deslocadas, refere-se num comunicado divulgado hoje.

Ao adquirir os 'packs', que estão à venda em 12 lojas físicas e online da FNAC e no site oficial do projeto (https://antiexperiencias.pt/home), "as pessoas poderão facilmente fazer a diferença e, mesmo que longe, estar na linha da frente da emergência humanitária em Moçambique", segundo André Costa Jorge, coordenador da PAR.

"Estamos a falar de milhares de pessoas que perderam tudo o que tinham e que agora se veem forçadas a começar a sua vida do zero. Não podemos ficar indiferentes ao seu desespero, são precisos gestos concretos de solidariedade que deem esperança a quem passa por tanto sofrimento", acrescentou.

As anti-experiências disponíveis são a fome, a sede, o medo ou o exílio, sentimentos que estão a ser vivenciados por milhares de pessoas que tiveram de deixar tudo para sobreviver à violência em Cabo Delgado, onde existem mais de 800.000 deslocados internos em Pemba e arredores, mas também mais a sul, na província de Nampula.

O conflito de Cabo Delgado traduz-se em 50.000 crianças em alojamentos temporários e necessitadas de bens essenciais, 51 crianças foram raptadas no último ano nas zonas de conflito, 2.852 mortos e 900.000 pessoas em situação de emergência alimentar.

Mais de 1,3 milhões de pessoas foram afetadas pela violência na província do norte de Cabo Delgado.

No interior de cada 'pack' estão histórias reais de pessoas que estão em Cabo Delgado. Cada um custa entre 20 euros a 50 euros, valor que será totalmente revertido para a causa de Cabo Delgado.

Leia Também: Moçambique. Um ano depois, eletricidade volta ao distrito natal de Nyusi

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