Através de um decreto hoje publicado em Bissau, o executivo guineense disse ter tomado esta decisão "na sequência do decréscimo do número de casos de Covid-19, bem como de doentes internados e óbitos diários".
O recolher obrigatório vigorava das 05h às 20h, uma medida bastante contestada pela população guineense.
Reagindo aos apelos da população, que pediu a sua intervenção, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embalo disse que não podia mudar uma decisão tomada pelo Governo e que no devido tempo a situação seria avaliada sobre a pertinência ou não de manter a medida.
Em relação às medidas no âmbito da terceira vaga do estado de calamidade sanitária, é obrigatório o uso de máscara facial nos lugares públicos, a lavagem de mãos, é proibida a realização de reuniões, eventos sociais, culturais e políticos que podem promover ajuntamento de mais de 25 pessoas.
Os bares, discotecas e outros locais de diversão vão manter-se fechados.
O decreto determina que as igrejas, mesquitas e outros lugares de culto podem voltar a funcionar, mas sob condição de distanciamento físico dos fiéis, de pelo menos um metro, e estendeu o período de funcionamento dos mercados até as 18 horas.
Nos últimos 15 dias os mercados encerravam às 15h.
O Alto-Comissariado para a Covid-19 voltou a apelar à população guineense para se vacinar, alertando que a terceira vaga da pandemia foi agravada com a circulação do vírus Delta e Eta no país o que, disse, já provocou a morte de 125 pessoas num universo de seis mil casos.
A Covid-19 provocou pelo menos 4.602.565 mortes em todo o mundo, entre mais de 223,06 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
Leia Também: Moçambique sem mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas