A decisão foi tomada pela magistrada Maria Carolina Ayoub, de São Paulo, e representou uma nova vitória na Justiça do ex-presidente, que já reverteu duas condenações contra si por corrupção e tem conseguido encerrar outros processos criminais por suspeitas da mesma natureza por falta de provas.
Em comunicado, os advogados de Lula da Silva, Cristiano Zanin Matins e Valeska Teixeira Martins frisaram que a decisão "acolheu pedido" apresentado "na defesa do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva para determinar o trancamento de mais uma investigação infundada relacionada ao seu nome".
Esta foi a 19ª. decisão favorável a Lula da Silva dos advogados que atuam na defesa do ex-presidente brasileiro desde 2016.
O arquivamento do processo também abre o caminho para uma possível candidatura à Presidência de Lula da Silva em outubro de 2022, para as quais as sondagens de opinião o colocam como favorito, à frente do atual Presidente, Jair Bolsonaro, seu maior adversário político.
Neste caso, Lula da Silva foi acusado de influenciar dirigentes da Costa Rica para que fechassem negócios com a construtora brasileira OAS, uma das empresas envolvidas nos escândalos desvendados pela operação Lava Jato, que investigou crimes na Petrobras e outros órgãos públicos do país.
Os eventos teriam ocorrido em 2011, quando Lula da Silva já não era Presidente do Brasil.
A investigação baseou-se principalmente no depoimento do ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro e também chegou ao então presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto.
No entanto, a juíza responsável por analisar o caso arquivou o processo por, por um lado, não haver elementos suficientes para dar continuidade à investigação e, por outro, alguns dos crimes que se poderiam configurar já terem prescrito.
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