A diretora do Observatório Geofísico Central do Instituto Geográfico Nacional, Carmen López, explicou, esta segunda-feira, ao El País, que a erupção do vulcão em La Palma era expetável, mas ainda é cedo para saber exatamente quanto tempo é que esta vai durar.
A especialista começou por recordar que, uma semana antes de nascer esta “fissura vulcânica”, o arquipélago das Canárias foi abalado por uma série de terramotos e La Palma tem uma série de fraturas de erupções recentes que facilitam este fenómeno, ou seja, a erupção do vulcão era “iminente”.
Tal como salienta Carmen López, “a erupção continua imparável”. “Os fluxos de lava continuam a descer encosta abaixo e a atividade é intensa. Há nove pontos de emissão em fraturas. A erupção está em andamento e ainda tem pouco tempo. É muito cedo para perceber a evolução da mesma”, esclareceu.
Também sobre a duração, a responsável disse que, para já, é impossível saber.
“Não se sabe ainda. A vigilância está a ser intensificada. Estão a ser feitos voos para medir o dióxido de enxofre, o que pode dar uma ideia da quantidade que está a ser emitida para a atmosfera a cada dia. Este é um dos parâmetros que nos pode ajudar a verificar se o sistema está a perder energia e o fim da erupção está próximo. Contudo, ainda é cedo para dizer se houve alguma alteração e para antecipar uma data. Mas não se espera que seja um período curto”, clarificou, adiantando que pode durar “semanas”.
“A sensação é que a erupção tem material, intensidade e magma suficientes para durar mais do que alguns dias, semanas”, concluiu.
Leia Também: Vulcão nas Canárias destrói 100 casas. Mais de 5 mil pessoas retiradas