Borrell apela a maior cooperação e coordenação entre UE e parceiros
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, apelou hoje, em Nova Iorque, a uma "maior cooperação e coordenação" entre a União Europeia (UE) e parceiros, no rescaldo do cancelamento da encomenda de submarinos franceses pela Austrália.
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Falando em conferência de imprensa após uma reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, à margem da 76.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, Borrell referiu ter-se reunido com a chefe da diplomacia australiana, Marise Payne, junto de quem sublinhou que "os atuais desafios à estabilidade na região exigem mais cooperação e coordenação entre parceiros com posições semelhantes".
Borrel acrescentou ainda ter perguntado à sua homóloga quais "as razões subjacentes à falta de consulta prévia" sobre o pacto AUKUS e ter expressado o seu desagrado pelo facto de este excluir " os parceiros europeus, que têm uma forte presença no Pacífico, como é o caso da Franç".
"Mais cooperação, mais coordenação, menos fragmentação. Isto é o que é necessário para alcançar um ambiente estável e pacífico na região Indo-Pacífico", referiu ainda o Alto Representante para a Política Externa e de Defesa da UE.
Durante a reunião informal, salientou também Borrel, os MNE dos 27 "expressaram uma clara solidariedade com a França".
O pacto AUKUS - iniciais em inglês da Austrália, Reino Undo e Estados Unidos - tem como objetivo reforçar a cooperação trilateral em tecnologias avançadas de defesa, como a Inteligência Artificial, sistemas submarinos e vigilância em longa distância.
Uma primeira consequência foi o cancelamento, pela Austrália, de um contrato com a França para o fornecimento de submarinos convencionais e a intenção de desenvolver submarinos nucleares em coordenação com Washington e Londres, o que provocou uma reação em Paris, que mandou regressar os embaixadores nas capitais australiana e norte-americana.
A França tinha um contrato para a entrega à Austrália de 12 submarinos com propulsão convencional no valor de 56 mil milhões de euros, que foi cancelado por Camberra, que optou por submarinos de propulsão nuclear dos Estados Unidos.
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