"Sinceros parabéns ao meu bom amigo Carlos Moedas por esta extraordinária vitória", reagiu Margaritis Schinas, numa publicação feita na rede social Twitter.
Para o titular no executivo comunitário da pasta de "Promoção do estilo de vida europeu", Carlos Moedas "vai ser um grande presidente da Câmara de Lisboa, uma das mais belas capitais" da União Europeia.
Nas eleições autárquicas de domingo, o social-democrata Carlos Moedas foi eleito presidente da Câmara de Lisboa, com 34,25% dos votos, 'roubando' a autarquia ao PS, que liderou o executivo autárquico da capital nos últimos 14 anos.
Sinceros parabéns ao meu bom amigo Carlos @Moedas por esta extraordinária vitória!
— Margaritis Schinas (@MargSchinas) September 27, 2021
Carlos vai ser um grande presidente da Câmara de Lisboa, uma das nossas mais belas capitais.
Carlos Moedas vai suceder na presidência da Câmara Municipal de Lisboa ao socialista Fernando Medina, que se recandidatou ao cargo na coligação Mais Lisboa (PS/Livre).
Segundo os resultados oficiais divulgados hoje pelo Ministério da Administração Interna, a coligação Novos Tempos Lisboa (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) conseguiu sete vereadores, com 34,25% dos votos (83.121 votos); a coligação Mais Lisboa obteve sete vereadores, com 33,3% (80.822 votos); a CDU (PCP/PEV) dois, com 10,52% (25.528 votos); e o Bloco de Esquerda (BE) conseguiu um mandato, com 6,21% (15.063).
O PSD volta assim a liderar a Câmara de Lisboa, com Carlos Moedas a considerar que venceu "contra tudo e contra todos".
Referindo não ter palavras para agradecer o "voto de confiança" que lhe foi dado pelos lisboetas, Carlos Moedas comprometeu-se a ser o presidente de todos, com a missão de "unir" e "mudar Lisboa".
Em segundo lugar, de acordo com os resultados oficiais das autárquicas de domingo, ficou o atual presidente da autarquia, Fernando Medina, que várias sondagens davam como o provável vencedor.
Fernando Medina assumiu a derrota pelas 02:30 de hoje, e felicitou Carlos Moedas por "uma indiscutível vitória pessoal e política".
De 01 de agosto de 2007 até 06 de abril de 2015, a autarquia foi liderada pelo socialista António Costa, eleito pela primeira vez em eleições intercalares.
Em abril de 2015, tomou posse Fernando Medina (PS), que sucedeu a Costa para este se concentrar na sua candidatura a primeiro-ministro.
Antes, de 2002 a 2007, a capital teve gestão social-democrata, com os presidentes Pedro Santana Lopes (de 23 de janeiro de 2002 a 17 de julho de 2004 e depois de 14 de março de 2005 até setembro desse ano) e António Carmona Rodrigues (como presidente substituto de 17 de julho de 2004 a 14 de março de 2005 e depois como presidente de 28 de outubro de 2005 a 18 de maio de 2007).
Por ter sido constituído arguido no caso Bragaparques - no âmbito do processo de permuta e venda dos terrenos do Parque Mayer e da Feira Popular em Entrecampos, atos entretanto considerados nulos pelos tribunais -, Carmona Rodrigues deixou a presidência do município da capital em 2007.
Antes dos cinco anos de governação social-democrata, tinha sido o PS a estar no poder, com Jorge Sampaio, de 1990 a 1995, e João Soares, entre 1995 e 2002.
Aquilino Ribeiro Machado (1977-1979), eleito pelo PS nas Autárquicas de 1977, e Nuno Kruss Abecassis (1980-1990), eleito pela primeira vez pela Aliança Democrática (PPD/PSD, CDS-PP e PPM), em 1980, foram os anteriores presidentes da Câmara de Lisboa, escolhidos por sufrágio, no pós-25 de Abril.
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