"Este país retirou a sua participação do debate geral", informou Monica Grayley, porta-voz do presidente da Assembleia Geral, acrescentando que "nenhuma razão foi dada" para este pedido.
O embaixador Ghulam Isaczai, membro do gabinete do Presidente afegão destituído, Ashraf Ghani, deveria falar no final do dia de hoje, de acordo com o programa da reunião.
"Só pode ser a missão (que ele chefia) a retirar o seu nome", explicou um funcionário da ONU.
Os talibãs -- que estão no poder no Afeganistão desde agosto - pediram à ONU que o novo ministro dos Negócios Estrangeiros por si nomeado pudesse intervir perante a Assembleia Geral anual da ONU, mas este pedido, feito há uma semana, chegou tarde demais para ser levado em consideração, explicou um outro funcionário da ONU.
Esta situação do Afeganistão tem um antecedente, quando, no caso de Myanmar, dois pedidos contraditórios de discursos -- um da junta militar e outro do embaixador nomeado por Aung San Suu Kyi, ainda em funções - foram feitos à ONU.
Nessa altura, um acordo informal foi alcançado entre os EUA, a Rússia e a China para que Myanmar não se pudesse dirigir à Assembleia, explicou um embaixador de uma dessas três potências.
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