Macau deteta segundo caso do dia, 73.º desde o início da pandemia
As autoridades de Macau anunciaram mais uma infeção pelo novo coronavírus, o segundo caso diagnosticado hoje e o 73.º desde o início da pandemia, numa altura em que o território inicia nova ronda de testes à população.
© Lusa
Mundo Covid-19
Trata-se de um trabalhador do interior da China, de 52 anos, colega de um homem diagnosticado horas antes, que já tinha levado as autoridades a decretar a realização de novos testes em massa, de acordo com um comunicado divulgado no portal do Governo de Macau, apenas em língua chinesa.
No caso anunciado horas antes, as autoridades informaram que o homem, de 46 anos, efetuava "diariamente entradas e saídas entre Macau e Zhuhai", cidade chinesa vizinha do antigo território administrado por Portugal, mas que esteve alojado em três hotéis em Macau desde 26 de setembro, por causa das restrições fronteiriças decretadas no último surto.
Devido a este novo caso, Macau decretou hoje a realização de testes à covid-19 para toda a população, seis dias depois de o território ter concluído outra ronda de testes em massa.
"Vamos arrancar com uma nova ronda de testes em massa, para concluir em três dias, ou, se possível, em 48 horas", informaram as autoridades sanitárias, durante a conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.
Os testes arrancam a partir das 21:00 (14:00 em Lisboa).
No total, serão disponibilizados 41 locais para testagem, informaram as autoridades.
O estado de emergência imediata, decretado no último surto, em 25 de setembro, continua em vigor, esclareceram ainda as autoridades sanitárias.
A deteção de um novo caso obrigou ao cancelamento de medidas que iam ser implementadas hoje, incluindo a possibilidade de deslocação para Zhuhai de pessoas inoculadas contra a covid-19 e com um teste negativo nas últimas 48 horas.
As aulas, que deveriam ter recomeçado hoje, depois de terem sido canceladas após o último surto, também continuam suspensas.
Macau concluiu em 28 de setembro uma ronda de três dias de testes em massa à população, após ter detetado um viajante infetado proveniente da Turquia e vários casos conexos, tendo testado quase 690 mil pessoas, todas com resultado negativo.
Nessa altura, as autoridades detetaram no entanto mais sete casos, além do primeiro viajante diagnosticado: seis seguranças em hotéis onde se realizam quarentenas obrigatórias para quem chega ao território e mais uma viajante, proveniente de Hong Kong, que já estaria infetada.
Esta é a terceira vez que o território organiza testes em massa desde o início da pandemia. Em agosto, após a deteção de quatro casos da variante Delta do novo coronavírus, todos na mesma família, o Governo de Macau também decretou o "estado de emergência imediata" e testou toda a população.
Apesar de ter registado um reduzido número de casos e de não ter qualquer morte associada à doença, Macau tem uma taxa de vacinação que ronda os 50%, a mais baixa da China, o que tem levado o Governo do território a apelar à população para que se vacine.
A resistência à vacina em Macau levou mesmo as autoridades sanitárias a anunciar que os trabalhadores do território, nos setores público ou privado, ficam obrigados a fazer um teste à covid-19 a cada sete dias, caso não estejam vacinados.
Na semana passada, as autoridades anunciaram também que irão passar a exigir aos funcionários de todos os estabelecimentos de ensino e aos professores e alunos do ensino superior um certificado com pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19, ou, em alternativa, um teste de ácido nucleico semanal.
A covid-19 provocou pelo menos 4.793.613 mortes em todo o mundo, entre mais de 234,5 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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