O território, com mais de 680 mil habitantes, realizou esta semana testes a toda a população pela terceira vez desde o início da pandemia, dias depois de concluída a segunda ronda, em 28 de setembro, então igualmente com resultados negativos.
Até às 09:00 de hoje (02:00 em Lisboa), "foram testadas 681.579 pessoas, todas com resultado negativo", informou o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.
Durante a conferência diária sobre a situação da pandemia no território, o organismo informou ainda que vão manter-se em funcionamento seis postos de testagem até às 21:00 de hoje (14:00 em Lisboa), para as pessoas que ainda não efetuaram o teste, que "não deverão ultrapassar as dez mil".
O funcionamento dos serviços públicos, suspenso durante os testes em massa, deverá ser retomado a partir de sexta-feira, após uma avaliação feita pelos Serviços de Saúde, que consideraram que "o risco de infeção e de propagação na comunidade é reduzido", informou a Direção dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP).
A vacinação contra a covid-19 também vai ser retomada a partir de sexta-feira.
Apesar de ter registado apenas 75 casos de covid-19 desde o início de pandemia e de não ter qualquer morte associada à doença, Macau tem uma taxa de vacinação que ronda os 50%, a mais baixa da China, o que tem levado o Governo do território a apelar à população para que se vacine.
Por essa razão, o território vai manter a chamada "política de zero casos", disse hoje a coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença, Leong Iek Hou, em resposta a questões de jornalistas.
"A taxa de inoculação tem de ser muito elevada para podermos pensar no afastamento da política de zero casos", afirmou.
A resistência à vacina em Macau já levou as autoridades sanitárias a anunciar que os trabalhadores do território, nos setores público ou privado, ficam obrigados a fazer um teste à covid-19 a cada sete dias, caso não estejam vacinados.
A medida aplica-se igualmente aos funcionários e pessoal docente das escolas e também aos alunos do ensino superior, a partir de 25 de outubro.
As aulas, suspensas desde o surto anterior, detetado em 24 de setembro, poderão ser retomadas a partir da próxima semana, mas através de "aprendizagem em casa", disse hoje o chefe do departamento de ensino da Direção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), Wong Ka Ki, precisando que as propostas de ensino online deverão ser feitas pelas escolas.
Os casos de covid-19 que levaram esta semana à realização de novos testes à população, um trabalhador do interior da China e mais três casos conexos, tiveram origem no surto anterior, detetado em 24 de setembro, de acordo com a investigação epidemiológica, informaram na terça-feira as autoridades sanitárias.
Esta foi a terceira vez que Macau realizou testes em massa. Em agosto, após a deteção de quatro casos da variante Delta do novo coronavírus, todos na mesma família, o executivo do território também decretou o "estado de emergência imediata" e testou toda a população.
A covid-19 provocou pelo menos 4.813.581 mortes em todo o mundo, entre mais de 235,76 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.