O diretor do Instituto Nacional de Saúde da Finlândia (THL), Mika Salmien, disse hoje numa conferência de imprensa que a vacina da Moderna apresenta um risco "ligeiramente" maior que outras vacinas de desenvolvimento de miocardite, segundo um estudo recente elaborado nos países nórdicos.
"A maioria destas miocardites são leves e transitórias e curam-se, após alguns dias de acompanhamento, mas, mesmo assim, existe risco", disse Salminen sublinhando que o risco é mais elevado em "homens jovens" depois de serem inoculados com a segunda dose.
De acordo com Salminen, os resultados da investigação finlandesa são similares aos estudos efetuados noutros países nórdicos, apesar de na Finlândia se terem registado menos casos de miocardite do que na Noruega.
A Agência Finlandesa do Medicamento (FIMEA) informou que se registaram até ao momento seis casos de inflamação cardíaca na Finlândia, país onde já foi administrado mais de um milhão de vacinas da empresa norte-americana Moderna.
A Suécia foi o primeiro país nórdico a anunciar a suspensão da vacina Moderna até ao próximo dia 01 de dezembro para as pessoas com menos de 30 anos, perante o risco "muito pequeno" de miocardite e pericardite.
"Acompanhamos a situação e atuamos de forma rápida para que as vacinas sejam o mais seguras possível e se consiga uma proteção efetiva contra a covid-19", assinalou em comunicado Anders Tegnell, responsável pela Agência de Saúde Pública da Suécia.
A Direção Geral da Saúde da Dinamarca referiu "precaução" quando justificou a suspensão do uso da vacina da Moderna em indivíduos com menos de 18 anos, apesar de não ter sido detetado qualquer caso no país.
"Na Dinamarca tem sido preferencialmente usada, entre os jovens dos 12 aos 17 anos de idade, a vacina da Pfizer. Por precaução, a partir de agora, apenas vamos administrar este composto", refere o mesmo comunicado.
A Noruega já usava apenas a vacina da Pfizer para inocular os menores de idade mas agora a recomendação alarga-se a todos os indivíduos com menos de 30 anos.
Os dados provisórios do estudo das autoridades sanitárias nórdicas foram enviados para a Agência Europeia do Medicamento (EMA) para serem analisados.
A Dinamarca foi o primeiro país a suspender do programa nacional de vacinação o composto da AstraZeneca, e depois da Johnson & Jhonson, apesar de puderem ser usadas mas de forma voluntária.
A Noruega adotou posteriormente uma medida semelhante em relação aos mesmos compostos.
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