"Temos, com a União Africana, o Banco Mundial e a UNICEF [Fundo das Nações Unidas para a Infância], a promessa de que as primeiras vacinas chegarão aqui entre 25 de outubro e as primeiras duas semanas de novembro, se tudo correr bem", disse o ministro da Saúde do Burundi, Thaddee Ndikumana, citado pela agência France-Presse (AFP).
De acordo com a agência noticiosa francesa, apenas três países não iniciaram as suas campanhas de vacinação contra a Covid-19: Burundi, Eritreia e Coreia do Norte.
Segundo o governante, o programa de vacinação faz parte de um novo plano a seis meses desenvolvido com parceiros como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O ministro acrescentou que a OMS doou ao país 2,4 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, devendo a vacinação ser feita numa base voluntária.
A AFP cita uma fonte da OMS que apontou que o Burundi irá receber a vacina de dose única desenvolvida pela americana Johnson & Johnson.
Em julho, o Burundi disse estar pronto para receber doses através do programa internacional Covax, mas rejeitou qualquer responsabilidade perante possíveis efeitos secundários.
Depois de meses de negação da epidemia sob o Presidente Pierre Nkurunziza, que morreu de forma súbita em 08 de junho de 2020 -- oficialmente devido a uma paragem cardíaca --, o seu sucessor, Evariste Ndayishimiye, que tinha acabado de ser eleito, considerou que a covid-19 era "o maior inimigo" da população do país.
Apesar da mudança na liderança do país, o Burundi continua a fornecer pouca informação sobre a Covid-19. O mais recente relatório, publicado em 13 de julho, registava 5.723 casos e oito mortes.
De acordo com os dados mais recentes do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana, o continente conta mais de 8,36 milhões de casos desde o início da pandemia, tendo ultrapassado as 213 mil mortes.
A Covid-19 provocou pelo menos 4.822.267 mortes em todo o mundo, entre mais de 236,23 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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