Guterres pede a talibãs respeito pelos direitos humanos em troco de apoio

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou hoje que tem pedido aos talibãs para respeitarem "um conjunto de direitos humanos básicos" no Afeganistão, sem discriminar as mulheres, para que possam obter o apoio da comunidade internacional.

Notícia

© Getty Images

Lusa
07/10/2021 23:31 ‧ 07/10/2021 por Lusa

Mundo

Afeganistão

"Temos verificado que houve promessas por parte dos talibãs que são razoáveis, mas a verdade é que estamos a ver muitas situações no terreno que desmentem essas promessas", alertou hoje António Guterres, em entrevista à RTP, adiantando que as Nações Unidas têm dialogado com o novo governo afegão.

De acordo com o secretário-geral da ONU, há milhões de afegãos que estão numa situação humanitária desastrosa.

"Nós estimamos que são 18 milhões as pessoas que estão com problemas de insegurança alimentar, com problemas de saúde gravíssimos e que necessitam absolutamente de uma ajuda humanitária", recordou Guterres.

Lembrando que os "princípios humanitários obrigam a falar com todos os atores políticos", o dirigente das Nações Unidas atentou que tem discutido "seriamente" dois aspetos com os talibãs: a ajuda humanitária e os direitos das mulheres.

"[...] A nossa principal preocupação, e grande insistência que temos tido no diálogo com os talibãs, tem a ver com direto de todas as jovens terem educação e o direito de todas as mulheres trabalharem, essa é uma das questões em que estamos a insistir mais fortemente", indicou.

António Guterres acrescentou que "isso tem de mudar e que os direitos das mulheres e das jovens são um elemento fundamental" para os talibãs "poderem ter o reconhecimento que pretendem e para poderem ter o apoio por parte da comunidade internacional".

Leia Também: Afeganistão e Covid-19 na 67ª sessão Assembleia Parlamentar da NATO

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas