Rússia promete aumentar fornecimento de gás à Europa

A Rússia prometeu aumentar o fornecimento de gás à Europa e estabilizar o mercado, perante o risco de que a persistência dos altos preços do combustível provoque, a longo prazo, graves danos à sua economia.

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Lusa
10/10/2021 13:48 ‧ 10/10/2021 por Lusa

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Rússia

 

O presidente russo, Vladimir Putin, disse esta semana que o país está disposto a ajudar a Europa, declarando-se aberto a trabalhar para "equilibrar" o mercado europeu, depois de o preço do gás ter atingido o seu máximo histórico na sessão de quarta-feira, com 155 euros por megawatt hora (MWh).

Após esta declaração, o preço começou a cair, encerrando a jornada em 104 euros por MWh, afirma a agência espanhola Efe.

Alguns países e a Agência Internacional da Energia (AIE) têm afirmado que a Rússia, apesar de cumprir os seus contratos a longo prazo, não tem feito grande esforço para neutralizar os preços recorde do gás, o que Putin nega.

O porta-voz do presidente russo assegurou na sexta-feira que a Rússia nunca deteve as entregas de gás, "nem nos momentos mais difíceis", e que nunca o fará.

Se, inicialmente, o presidente russo insistiu que se a Europa quer aumentar o fornecimento de gás deve contratá-lo, agora admite fazê-lo, mas deixando claro que um eventual aumento deve acontecer "sobre bases absolutamente comerciais e tendo em conta os interesses de todas as partes".

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguéi Lavrov, foi mais longe ao afirmar, na sexta-feira, perante empresários europeus, que a Rússia quer ajudar a Europa, mas a troco de "passos recíprocos".

Moscovo espera, nomeadamente, que a Europa facilite, quanto antes, a entrada em funcionamento do novo gasoduto russo Nord Stream 2, que promove como garante da segurança energética europeia, mas cuja operação será limitada pelo Terceiro Pacote de Energia.

A diretiva comunitária pode reduzir a 50% a capacidade que pode ser usada pela Gazprom neste gasoduto, que transportará gás diretamente para a Alemanha.

Leia Também: Rússia estabelece recorde de mortes e aproxima-se das 30 mil infeções

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