O presidente russo, Vladimir Putin, disse esta semana que o país está disposto a ajudar a Europa, declarando-se aberto a trabalhar para "equilibrar" o mercado europeu, depois de o preço do gás ter atingido o seu máximo histórico na sessão de quarta-feira, com 155 euros por megawatt hora (MWh).
Após esta declaração, o preço começou a cair, encerrando a jornada em 104 euros por MWh, afirma a agência espanhola Efe.
Alguns países e a Agência Internacional da Energia (AIE) têm afirmado que a Rússia, apesar de cumprir os seus contratos a longo prazo, não tem feito grande esforço para neutralizar os preços recorde do gás, o que Putin nega.
O porta-voz do presidente russo assegurou na sexta-feira que a Rússia nunca deteve as entregas de gás, "nem nos momentos mais difíceis", e que nunca o fará.
Se, inicialmente, o presidente russo insistiu que se a Europa quer aumentar o fornecimento de gás deve contratá-lo, agora admite fazê-lo, mas deixando claro que um eventual aumento deve acontecer "sobre bases absolutamente comerciais e tendo em conta os interesses de todas as partes".
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguéi Lavrov, foi mais longe ao afirmar, na sexta-feira, perante empresários europeus, que a Rússia quer ajudar a Europa, mas a troco de "passos recíprocos".
Moscovo espera, nomeadamente, que a Europa facilite, quanto antes, a entrada em funcionamento do novo gasoduto russo Nord Stream 2, que promove como garante da segurança energética europeia, mas cuja operação será limitada pelo Terceiro Pacote de Energia.
A diretiva comunitária pode reduzir a 50% a capacidade que pode ser usada pela Gazprom neste gasoduto, que transportará gás diretamente para a Alemanha.
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