"Os dados limitados sobre a coadministração de vacinas inativadas (produzidas com base em vírus inativados) contra a gripe sazonal com a da covid-19 não mostraram um aumento de eventos adversos", indicam as recomendações do Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas (SAGE) em imunização da OMS hoje divulgadas, que não constituem ainda uma orientação da OMS sobre a coadministração das vacinas.
Segundo o parecer do grupo de aconselhamento, tendo em conta que a faixa etária prioritária para receber a vacina sazonal contra a gripe também é considerado de risco para situação de covid-19 mais graves, a coadministração das duas vacinas "é aceitável" e permitirá imunizar um maior número de pessoas contra as duas doenças.,
Na sexta-feira, a diretora-geral da Saúde anunciou que planeia juntar a vacinação contra a gripe e a administração da terceira dose contra a covid-19, para simplificar os dois processos, uma possibilidade que estava a aguardar a orientação da OMS.
"Seria ótimo para as pessoas, porque é muito mais confortável irem uma vez vacinar-se com duas inoculações e também é muito mais fácil para os nossos enfermeiros, para a nossa logística e para os nossos serviços", explicou Graça Freitas, em conferência de imprensa.
O objetivo é que as pessoas que forem chamadas para o reforço da vacinação contra a covid-19, e que sejam também elegíveis para receber a vacina contra a gripe, possam ser inoculadas com ambas na mesma altura.
Os idosos com mais de 80 anos e os utentes de lares e de unidades de cuidados continuados que tomaram a vacina da gripe há mais de 14 dias começaram a receber hoje a terceira dose da vacina contra a covid-19.
Esta doença provocou pelo menos 4.847.904 mortes em todo o mundo, entre mais de 237,74 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.048 pessoas e foram contabilizados 1.075.639 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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