A par das manifestações nas ruas das principais cidades italianas, a jornada de protesto também foi marcada por greves e bloqueios que pretendiam perturbar a atividade nos principais portos do país e no setor da logística e de transporte de mercadorias, na qual cerca de 40% da força de trabalho não estará vacinada.
Apesar de algumas perturbações registadas nas primeiras horas do dia, os principais portos italianos continuaram em atividade com poucos incidentes.
Em Génova (noroeste), onde se previam maiores problemas, a operação no porto foi reduzida, mas não comprometida pelos protestos dos trabalhadores anti-vacinas, que bloquearam a passagem de San Benigno e um terminal, segundo os 'media' locais.
Em Trieste, um dos principais portos italianos, porta para a Europa de Leste, a atividade foi normal, ainda que os protestos tenham reunido cerca de 6.500 pessoas, de acordo com a agência France-Presse (AFP).
"O porto de Trieste funciona: obviamente em algumas etapas haverá dificuldades (...), mas funciona", disse o presidente da região Friuli-Veneza Giulia e da Conferência das Regiões, Massimiliano Fedriga, salientando que "prejudicar a atividade do porto significa prejudicar um grande número de empresas".
"Cidadãos, não marionetas", "Nenhum passe sanitário, nenhuma discriminação", eram algumas das frases exibidas em faixas no protesto em Trieste, relatou a AFP.
A atividade portuária também foi assegurada na zona sul do país, em Nápoles, e nos portos do mar Adriático, nomeadamente em Bari e Brindisi.
Em Veneza, a famosa rede de transporte fluvial "vaporetto" também funcionou normalmente, tal como os transportes públicos em Roma e em Milão.
Nestas últimas cidades também foram organizadas manifestações de rua contra o passe sanitário, para onde foram destacados várias centenas de agentes policiais, após os confrontos nos protestos do passado fim de semana na capital italiana devido à infiltração de neofascistas que assaltaram a sede do sindicato CGIL.
Por exemplo, em Roma, a ação de protesto reuniu alguns milhares de pessoas numa praça central da cidade, de acordo com os jornalistas da AFP destacados no local, que relataram que os manifestantes ofereceram rosas aos agentes da polícia num sinal de apaziguamento.
O certificado covid-19 exigido a partir de hoje em Itália para entrada no local de trabalho confirma que o seu portador recebeu pelo menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus, ultrapassou a doença ou foi submetido a um teste com resultado negativo nas horas prévias à sua apresentação.
Os trabalhadores que não respeitam a medida, ficam impedidos de acesso ao seu local de trabalho ou arriscam multas de entre 600 e 1.500 euros.
A covid-19 provocou pelo menos 4.878.719 mortes em todo o mundo, entre mais de 239 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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