Os locais fechados, estabelecimentos hoteleiros e turísticos, restaurantes, cafés, lojas, pavilhões desportivos e banhos turcos passam a estar sujeitos à obrigatoriedade de apresentação do certificado, também necessário para aceder a espaços públicos, semipúblicos e privados.
O certificado será ainda necessário para sair de Marrocos ou para viajar entre os municípios e províncias do país.
Segundo a agência de notícias France-Presse (AFP), centenas de pessoas concentraram-se hoje num grande centro de vacinação instalado em Rabat-Salé para receberem injeções e respetivos certificados, situação que se repete por outras unidades médicas em todo o país.
"Obrigatório e cheio de perguntas!", titulou hoje na primeira página o diário francófono L'Economiste.
Anunciada segunda-feira, a decisão do Governo marroquino suscitou indignação nas redes sociais, alimentando acalorados debates entre pró e antivacinas.
Na Internet, um "coletivo de cidadãos", formado por personalidades de todos os quadrantes sociais do país, deu início a um abaixo-assinado, que recolheu milhares de assinaturas, para denunciar a aplicação "arbitrária" do certificado.
Outros internautas, por outro lado, aprovam a medida.
"O papel do certificado de vacinação é o de permitir que a esmagadora maioria dos marroquinos vacinados retome uma vida quase normal", defendeu o médico Tayeb Hamdi, especialista em sistemas de saúde, num artigo divulgado na imprensa.
Marrocos, onde a curva de contaminações e mortes está a diminuir, pretende imunizar 80% da população (ou 30 milhões de pessoas). Mais de 21 milhões de marroquinos já receberam sua segunda dose da vacina.
O Governo acelerou a campanha de vacinação no início de outubro para a terceira dose, a fim de fortalecer a imunidade coletiva contra o risco "provável" de uma quarta onda de contaminação pelo novo coronavírus.
Segundo os dados oficiais mais recentes, desde o início da pandemia, Marrocos contabilizou 943 mil casos de covid-19, doença a que estão associadas quase 14.600 mortes.
A covid-19 provocou pelo menos 4.919.395 mortes em todo o mundo, entre mais de 241,95 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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