"O Presidente Biden deseja encontrar-se com o Presidente Macron ainda este mês, em Roma, onde vão continuar a discutir e examinar os numerosos assuntos relacionados com a cooperação franco-norte-americana", precisou o comunicado.
O Eliseu indicou por sua vez que Macron e Biden abordaram as iniciativas conjuntas para garantir a "confiança" e "enfrentar em conjunto os atuais desafios, em particular a construção de uma defesa europeia mais forte, complementar à NATO, e que contribua para a segurança global".
Este contacto permitiu avançar no restabelecimento da confiança após a crise bilateral que ocorreu em setembro devido à venda de submarinos norte-americanos à Austrália.
Os dois dirigentes "felicitaram-se do bom avanço destes trabalhos e concordaram aprofundar o diálogo e a cooperação entre os dois países" no encontro programado na capital italiana no final do mês por ocasião da cimeira do G20, onde ambos estarão presentes.
A Casa Branca também anunciou que a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, se desloca a Paris em 11 e 12 de novembro, onde participará no designado Fórum de Paris para a Paz e na Conferência internacional sobre a Líbia, sendo recebida pelo Presidente Macron à margem destes encontros.
Harris e Macron "vão discutir a importância da relação transatlântica para a paz e a segurança no mundo e insistirão na importância da nossa parceria para os desafios planetários como o covid-19 e a crise climática, passando pelas questões do Sahel e do Indo-Pacífico" precisou o Executivo norte-americano.
As relações entre Paris e Washington registaram um brusco agravamento quando em 15 de setembro foi anunciado um acordo de defesa entre os EUA, Reino Unido e Austrália.
O acordo inclui a venda de submarinos nucleares norte-americanos à Austrália, e que implicou a renúncia a um contrato de compra de submarinos convencionais franceses.
Macron convocou de imediato o seu embaixador em Washington e insistiu que a União Europeia deve aumentar a sua "independência e soberania", em particular na área da defesa.
Em 22 de setembro, num primeiro contacto telefónico entre os dois chefes de Estado, Biden reconheceu a Macron que poderia ter consultado a França antes de assinar o pacto de defesa com a Austrália e Reino Unido.
Na ocasião, anunciaram um "processo de consultas em profundidade" que implicou a intensificação dos contactos entre responsáveis dos dois países.
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