"O Governo da República do Mali decidiu declarar o representante especial da CEDEAO no Mali 'persona non grata', tendo em conta as suas ações incompatíveis com o seu estatuto", segundo a decisão do MNE, divulgada pelo Office de Radiodiffusion-Télévision du Mali (ORTM).
O diplomata do Burkina Faso "tem 72 horas para deixar" o país, declarou o MNE, acrescentando que decisão lhe foi notificada pela manhã.
As declarações não detalham os motivos da expulsão do diplomata.
Esta decisão de expulsão vem "após vários avisos dirigidos à pessoa em questão através da sua hierarquia".
O anúncio do Governo do Mali surge num contexto diplomático delicado, uma vez que o país teve recentemente dois golpes de Estado (um em agosto de 2020 e outro em maio de 2021) e surgem críticas internacionais, nomeadamente da CEDEAO, ao adiamento de eleições presidenciais e legislativas no país, que iriam permitir o regresso de um Governo civil.
O Presidente do Gana Nana Akufo-Addo, também atual presidente da conferência dos chefes de Estado da CEDEAO, em visita ao Mali em 17 de outubro, entregou uma "mensagem firme" à junta no poder sobre a realização de eleições em fevereiro, disse à agência France-Presse um membro da sua delegação.
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