A manifestação, sob o lema "Juntos pela saúde, o trabalho e o futuro", foi também convocada noutras 15 cidades do país balcânico de 6,9 milhões de habitantes.
A Bulgária é o segundo país da União Europeia (UE) com maior taxa de mortalidade devido à covid-19 nos últimos 14 dias, só atrás da Roménia, e é o último quanto à vacinação, com menos de 25% da população com as duas doses da vacina.
Esta semana, o país balcânico registou máximos absolutos de infeções, quase 7.000 na quarta-feira, ao passo que o número de mortes ultrapassou as 240 na terça-feira.
Nas últimas 24 horas foram contabilizados mais de 5.600 novos casos, 902 doentes tiveram de ser hospitalizados, o que eleva o total de internamentos para 7.373, dos quais 607 em unidades de cuidados intensivos.
Perante esta situação, o Governo introduziu na semana passada a obrigatoriedade de apresentação do certificado covid (comprovativo de vacinação, recuperação da doença ou teste negativo recente) para entrar em espaços de lazer.
"Não tivemos um período de transição antes de esta medida entrar em vigor, para podermos organizar-nos e, por isso, alguns de nós viram-se obrigados a fechar os seus estabelecimentos para não serem sancionados", explicou um dos manifestantes, Ivaylo Georgiev, proprietário de um restaurante, citado pela agência noticiosa espanhola Efe.
"Além disso, depois de se impor a obrigatoriedade do certificado covid, as receitas sofreram uma redução de 80%, já que diminuiu a clientela nos nossos restaurantes e bares", acrescentou.
Outro problema denunciado pelos manifestantes é que as autoridades prometeram testes de antigénio a preços reduzidos para quem não possa ou não queira ser vacinado, mas esses testes são muito escassos.
Na capital, os manifestantes bloquearam um dos principais cruzamentos à hora de ponta, gerando o caos no trânsito. Em seguida, marcharam até à sede do Governo para exigir a demissão do ministro da Saúde e advertiram de que continuarão a exercer pressão sobre o Governo até as suas reivindicações serem satisfeitas.
A covid-19 causou pelo menos 4.969.926 mortes em todo o mundo, entre mais de 244,94 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, com base em dados oficiais.
Em Portugal, morreram, desde março de 2020, 18.149 pessoas e foram contabilizados 1.088.133 casos de infeção, de acordo com dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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