A coligação governamental - liderada pelo conservador Partido Liberal Democrático (PLD), do primeiro-ministro Fumio Kishida - tentará manter a maioria parlamentar que conseguiu desde que Shinzo Abe chegou ao poder, no final de 2012.
Abe abandonou, por motivos de saúde, o seu mandato de quase oito anos - o mais longo até agora para um líder japonês - e entregou o poder a Yoshihide Suga, que estava há apenas um ano no poder quando renunciou na sequência de uma crise política provocada pela estratégia de combate à pandemia de covid-19.
Kishida, de 64 anos, aparece nas sondagens como o favorito para as eleições gerais de domingo, que dão o PLD como vencedor claro, ao lado do seu parceiro de Governo, o budista Komeito.
Mas as sondagens também indicam que os partidos de Governo deverão perder lugares no Parlamento, o que poderá reforçar a instabilidade política num país habituado a prolongados períodos de estabilidade governativa.
Para além da questão do combate à pandemia e da recuperação económica, a campanha eleitoral foi dominada pelos temas diplomáticos e de segurança relacionados com a crescente expansão de influência regional da China, bem como com os riscos das ameaças nucleares da Coreia do Norte.
Durante a campanha, os partidos da oposição também fizeram fortes críticas à estratégia económica dos recentes governos, acusando-os de terem aumentado o fosso entre os mais ricos e os mais pobres e de terem sido ineficazes na ajuda a famílias e empresas durante a pandemia de covid-19.
Nas eleições de domingo, são chamados às urnas cerca de 105,6 milhões de japoneses, para eleger 465 parlamentares da câmara baixa da Dieta (Parlamento).
Desses lugares, 289 são atribuídos aos candidatos mais votados em cada distrito eleitoral e 176 são decididos por representação proporcional em 11 blocos regionais (em que cada eleitor escolhe um representante distrital e um regional).
O partido ou coligação mais votado poderá investir o seu candidato como primeiro-ministro numa sessão extraordinária do Parlamento que será convocada após as eleições.
Leia Também: Marido de princesa do Japão lança farpas após casamento 'proibido'