MNE diz acompanhar preocupações de Borrell com plano de Israel

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português indicou hoje que acompanha as preocupações do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, com o plano de Israel para construir 3.000 novas casas para colonos judeus na Cisjordânia ocupada.

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Lusa
29/10/2021 21:47 ‧ 29/10/2021 por Lusa

Mundo

Colonatos Israel

"Acompanhamos as preocupações do Alto Representante para a Política Externa e de Segurança da União Europeia e vice-presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell, com a decisão israelita de estabelecer novos colonatos. É uma decisão que dificulta o processo de paz", escreveu o MNE na rede social Twitter.

A declaração do MNE português, dirigido por Augusto Santos Silva, surge um dia depois de 12 países europeus terem apelado a Israel para abandonar o seu plano, uma iniciativa também condenada pelos Estados Unidos.

"Apelamos ao Governo de Israel para reverter a sua decisão", disseram os porta-vozes da diplomacia dos 12 países (Alemanha, França, Bélgica, Espanha, Itália, Polónia, Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Países Baixos e Irlanda), num comunicado de imprensa conjunto.

Os países europeus reiteraram a sua "firme oposição à política de estender colonatos por todos os territórios palestinianos ocupados, o que constitui uma violação do direito internacional e prejudica os esforços para uma solução de dois Estados".

As licenças de construção aprovadas a 27 de outubro dizem respeito a colonatos judeus de norte a sul da Cisjordânia.

Essa iniciativa já havia sido fortemente criticada pelos Estados Unidos antes mesmo da sua validação pelas autoridades israelitas.

A expansão dos colonatos "é totalmente contrária aos esforços para reduzir as tensões e garantir a calma e mina as perspetivas de uma solução de dois Estados", disse na terça-feira o porta-voz da diplomacia dos EUA, Ned Price.

Cerca de 475.000 judeus israelitas residem na Cisjordânia, um território ocupado onde vivem 2,8 milhões de palestinianos.

A construção de colonatos, ilegal segundo o direito internacional, tem continuado sob todos os Governos israelitas desde 1967.

O novo anúncio surge numa altura em que o Governo toma medidas paralelas para melhorar a vida dos palestinianos, sem abordar a delicada questão de relançar o processo de paz.

Os 12 países europeus apelaram às duas partes para que continuem os seus esforços para "melhorar a sua cooperação e reduzir as tensões".

Leia Também: Países europeus apelam a Israel para abandonar construção de colonatos

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