"Acompanhamos as preocupações do Alto Representante para a Política Externa e de Segurança da União Europeia e vice-presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell, com a decisão israelita de estabelecer novos colonatos. É uma decisão que dificulta o processo de paz", escreveu o MNE na rede social Twitter.
A declaração do MNE português, dirigido por Augusto Santos Silva, surge um dia depois de 12 países europeus terem apelado a Israel para abandonar o seu plano, uma iniciativa também condenada pelos Estados Unidos.
"Apelamos ao Governo de Israel para reverter a sua decisão", disseram os porta-vozes da diplomacia dos 12 países (Alemanha, França, Bélgica, Espanha, Itália, Polónia, Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Países Baixos e Irlanda), num comunicado de imprensa conjunto.
Os países europeus reiteraram a sua "firme oposição à política de estender colonatos por todos os territórios palestinianos ocupados, o que constitui uma violação do direito internacional e prejudica os esforços para uma solução de dois Estados".
As licenças de construção aprovadas a 27 de outubro dizem respeito a colonatos judeus de norte a sul da Cisjordânia.
Essa iniciativa já havia sido fortemente criticada pelos Estados Unidos antes mesmo da sua validação pelas autoridades israelitas.
A expansão dos colonatos "é totalmente contrária aos esforços para reduzir as tensões e garantir a calma e mina as perspetivas de uma solução de dois Estados", disse na terça-feira o porta-voz da diplomacia dos EUA, Ned Price.
Cerca de 475.000 judeus israelitas residem na Cisjordânia, um território ocupado onde vivem 2,8 milhões de palestinianos.
A construção de colonatos, ilegal segundo o direito internacional, tem continuado sob todos os Governos israelitas desde 1967.
O novo anúncio surge numa altura em que o Governo toma medidas paralelas para melhorar a vida dos palestinianos, sem abordar a delicada questão de relançar o processo de paz.
Os 12 países europeus apelaram às duas partes para que continuem os seus esforços para "melhorar a sua cooperação e reduzir as tensões".
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