Moldávia e Rússia estendem por cinco anos contrato de fornecimento de gás

A Moldávia anunciou hoje a prorrogação por cinco anos de um acordo com o grupo energético russo Gazprom para fornecimento de gás, ultrapassando um diferendo que estava a causar escassez no país europeu.

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Lusa
29/10/2021 23:43 ‧ 29/10/2021 por Lusa

Mundo

Moldávia

"As partes chegaram a um acordo sobre a fórmula do preço, a auditoria da dívida de gás da Moldávia e um diálogo subsequente para reembolsos", disse o porta-voz da diplomacia moldava Daniel Voda em comunicado.

A Gazprom confirmou em comunicado separado o anúncio da extensão do contrato, que expirava na próxima segunda-feira.

O vice-primeiro-ministro da Moldávia, Andrei Spinu, liderou em São Petersburgo, sede da Gazprom, a negociação com a Gazprom para evitar o corte do abastecimento no país, em estado de emergência por escassez e altos preços dos combustíveis. 

A Moldávia tinha um défice de 16 milhões de metros cúbicos e as necessidades para outubro foram apenas 67% cobertas.

O país decretou estado de emergência no dia 22 de outubro devido à crise do gás.  

A companhia de gás russa estendeu o acordo por um mês, no final de setembro, para dar às partes tempo para negociar um novo contrato de longo prazo.

Mas as posições divergiam tanto que para atender temporariamente às suas necessidades a Moldávia teve de ir ao mercado para comprar, por meio de licitações, gás da Ucrânia, Holanda e Polónia.  

Nenhuma das partes falou publicamente sobre os preços atualmente em discussão nas negociações em São Petersburgo.

Entretanto, segundo a agência oficial russa TASS, a Gazprom ofereceu à Moldávia um novo contrato com preço inicial de 790 dólares (678 euros) por mil metros cúbicos, quando a taxa do acordo que venceu no final de setembro era em média 148 dólares (127 euros).

A proposta russa também inclui um desconto de 25%, embora com a condição de que a Moldávia concorde em pagar uma dívida acumulada de 709 milhões de dólares (608,2 milhões de euros) em três anos.

De acordo com os meios de comunicação locais, a Moldávia não queria pagar mais de 300 dólares (257 dólares) por mil metros cúbicos.

Spinu declarou hoje no Facebook que a questão da dívida acumulada pela Moldovagaz, empresa criada pela Gazprom, pelo Governo moldavo e pelo Ministério da Indústria do território separatista da Transnístria, só pode ser resolvida após uma auditoria.

A Gazprom entregou um total de 3,05 mil milhões de metros cúbicos à Moldávia em 2020 - 5,5% a mais do que em 2019.

A empresa russa ameaçava cortar o fornecimento ao país mais pobre da Europa a partir de 01 de dezembro se a Moldávia não pagasse a dívida.

A União Europeia (UE) concedeu à Moldávia uma ajuda de 60 milhões de euros para fazer face à crise do gás.

Leia Também: Moldávia negoceia com Gazprom acordo para evitar corte de gás no país

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