Angola. Investigada denúncia de "confinamento forçado" de funcionários

A polícia angolana vai investigar uma denúncia de funcionários da empresa chinesa Citic Construções, sobre um alegado "confinamento forçado e maus tratos, há dois anos", em estaleiros da construtora nos arredores da centralidade do Kilamba.

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Lusa
02/11/2021 16:24 ‧ 02/11/2021 por Lusa

Mundo

Angola

Segundo noticiou hoje a Emissora Católica de Angola, citando um dos responsáveis dos trabalhadores angolanos, os operários da construtora chinesa, instalada no município de Belas, em Luanda, estão também "proibidos de ter contacto com o exterior, inclusive com os familiares, sob pena de serem demitidos".

A Lusa contactou o Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, que prometeu investigar o caso.

Familiares destes veem-se "obrigados" a deslocaram-se à empresa para terem acesso aos salários em consequência da limitação dos parentes que aí trabalham, referiu.

Travar a propagação da covid-19 no interior dos estaleiros da construtora, que edificou as cidades do Sequele e do Kilamba, zonas norte e sul de Luanda, é a razão do "confinamento forçado", desde dezembro de 2019, como referiu a fonte da emissora, "lamentando" a situação.

Por falta de novas empreitadas, os funcionários estão a prestar serviços de pastorícia, agricultura, limpeza e reparação de viaturas e denunciam igualmente baixos salários e péssimas condições laborais e de alimentação.

Os funcionários pedem também "intervenção urgente" das autoridades.

Leia Também: BPI diz que BCE mantém pressão para sair do angolano BFA

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