De um lado, reuniões sobre solos e floresta, do outro, os manifestantes

De um lado, os negociadores nas salas de reuniões da cimeira do clima das Nações Unidas (COP26), do outro os manifestantes na rua, onde são esperadas hoje dezenas de milhares de pessoas em Glasgow e em outras cidades do mundo.

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Lusa
06/11/2021 05:59 ‧ 06/11/2021 por Lusa

Mundo

COP26

 

A 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas dedica hoje pelo segundo dia consecutivo a atenção aos reflexos na natureza, concentrando-se hoje no uso dos solos e florestas.

A coligação de ativistas COP26 Coalition promove o que chama Dia Global de Ação para a Justiça Climática, para o qual se esperam dezenas de milhares de pessoas só na cidade-anfitriã da cimeira, com estradas fechadas e a expectativa de uma possível ação de ativistas no aeroporto da cidade ou nas suas imediações.

Na manifestação de Glasgow estará a ativista sueca Greta Thunberg, promotora das greves climáticas estudantis, num protesto com eco em cidades por todo o mundo, incluindo Lisboa e Porto.

A proteção e recuperação das florestas e dos ecossistemas domina a sessão matinal promovida pela presidência da COP26, em que vão ser debatidos os esforços em curso para combater a desflorestação e a perda da capacidade de absorção de dióxido de carbono pelo coberto vegetal global.

Agricultores, governantes e outros decisores discutem à hora de almoço como "acelerar uma transição rural justa para uma agricultura sustentável".

Ainda dentro do Scottish Events Campus, a tarde dá espaço a governos, cientistas e povos indígenas para debater como aumentar a ambição climática e manter alcançável o objetivo de manter o aquecimento global abaixo de 1,5 graus acima da temperatura média da era pré-industrial.

No domingo, os trabalhos oficiais da cimeira estão interrompidos para um dia de descanso, mas à margem arranca a cimeira do clima alternativa, que pretende dar voz àqueles que não têm lugar à mesa das negociações.

Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e decisores públicos reúnem-se até 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, na 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.

A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta a entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.

Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que, ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.

Leia Também: COP26: Reino Unido mobiliza oito milhões de euros para proteger oceanos 

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