O incidente ocorreu sexta-feira no centro dos Salesianos, no distrito de Gottera, em Adis Abeba.
Foram detidos "padres, diáconos e leigos", de acordo com a Fides.
"Não compreendemos as razões de um ato tão grave, porquê prender padres que cumprem a sua missão de educação num centro onde o bem sempre foi feito, para onde vão muitas crianças", lamentou o presidente da agência humanitária Habeshia, Mussie Zerai.
Os salesianos chegaram à Etiópia em 1975 e desde então têm tido uma presença significativa em cinco regiões deste país africano, incluindo Tigray, onde há um ano, em 04 de novembro de 2020, eclodiu um conflito com o Governo do país.
O primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed Ali ordenou uma ofensiva contra a Frente Popular de Libertação de Tigray (TPLF, na sigla em inglês), em retaliação a um ataque a uma base militar federal e na sequência de uma escalada de tensões políticas.
Após um ano de conflito, milhares de pessoas foram mortas, cerca de dois milhões estão deslocadas internamente em Tigray e pelo menos 75.000 etíopes fugiram para o vizinho Sudão, de acordo com números oficiais.
Além disso, quase sete milhões de pessoas enfrentam uma "crise de fome" no norte da Etiópia devido à guerra, de acordo com o Programa Alimentar Mundial.
No domingo passado, o Papa Francisco manifestou a sua preocupação com este conflito e apelou à "harmonia fraterna e ao caminho pacífico do diálogo" numa mensagem ao mundo após a oração do 'Angelus' dominical do Palácio Apostólico.
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