"A Boeing está empenhada em assegurar que todas as famílias que perderam pessoas próximas em acidentes sejam plena e justamente compensadas", disse o construtor aeronáutico norte-americano, em declarações à agência de notícias France-Presse (AFP).
"Ao reconhecer a sua responsabilidade, o acordo da Boeing com as famílias permite que as partes concentrem os seus esforços na determinação da compensação adequada para cada família", acrescentou a empresa.
O acordo proposto na quarta-feira não refere valores, mas especifica que os jurados serão responsáveis por avaliar "montantes de compensação justos e razoáveis, com base nas provas apresentadas". As famílias das vítimas poderão pedir uma indemnização nos tribunais norte-americanos.
Em 10 de março de 2019, o voo 302 da Ethiopian Airlines com destino a Nairobi despenhou-se num campo a sudeste da capital da Etiópia, Adis Abeba, seis minutos após a descolagem.
No acidente morreram 157 pessoas de 35 nacionalidades.
Este foi o segundo acidente em poucos meses envolvendo um modelo deste tipo. O primeiro ocorreu num voo da Lion Air, ao largo da costa da Indonésia, em circunstâncias semelhantes, em 29 de outubro de 2018, e resultou também na morte dos 189 ocupantes.
"Apresentamos as nossas mais profundas condolências às famílias de todos aqueles que perderam as suas vidas no voo 610 da Lion Air e no voo 302 da Ethiopian Airlines", disse um porta-voz da Boeing, na quarta-feira.
"Desde os acidentes, a Boeing fez alterações significativas como empresa e na conceção do 737 MAX, para garantir que acidentes como estes nunca mais acontecem", acrescentou a empresa.
O acidente na Etiópia provocou a pior crise na história do fabricante de aeronaves dos EUA, conduzindo à imobilização dos modelos 737 MAX em todo o mundo durante 20 meses.
Os aviões foram gradualmente autorizados a voltar a voar, a partir do final de 2020. Desde então, as companhias aéreas voltaram a pôr em serviço mais de 200 aeronaves deste tipo.
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