NATO preocupada com movimentos de tropas russas junto à Ucrânia

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, advertiu hoje Moscovo contra as "novas ações agressivas" na fronteira com a Ucrânia, onde se registam movimentos militares russos "importantes e inusuais". 

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Lusa
15/11/2021 14:01 ‧ 15/11/2021 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Todas as novas provocações ou ações agressivas por parte da Rússia são muito preocupantes. Nós apelamos à Rússia para que seja 'transparente' sobre as atividades militares", disse Stoltenberg durante uma conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, que decorreu em Bruxelas, no quartel-general da NATO.

Do mesmo modo, a Alemanha pediu hoje à Rússia para "mostrar moderação" após ter sido registada a mobilização de tropas na fronteira ucraniana, movimentações que Berlim encara com "inquietação". 

"Vemos estas atividades militares da Rússia com inquietação", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão, em declarações à imprensa em Berlim.

"Devemos impedir uma escalada militar", acrescentou o porta-voz que pediu à Rússia para "voltar à mesa das negociações".

Os Estados Unidos, a União Europeia e a França já tinham demonstrado "inquietação" nos últimos dias sobre o destacamento de tropas russas junto à fronteira ucraniana. 

A situação na região agravou-se depois da anexação russa da península ucraniana da Crimeia em 2014. Desde então, um conflito no leste da Ucrânia entre Kiev e forças separatistas pró-russas foi desencadeado.

"O que estamos a ver atualmente ao longo da fronteira não é um reforço puramente da força militar, porque a Rússia já trouxe uma 'armada militar' para as nossas fronteiras na primavera e nunca a retirou desde essa altura", afirmou na capital belga, por sua vez, Dmytro Kuleba.

"O que estamos a ver agora é a deterioração da situação em que a Rússia tenta demonstrar que pode ativar rapidamente tropas e material e, para os dirigentes russos, todas as opções, incluindo opções militares, estão sobre a mesa", acrescentou o chefe da diplomacia da Ucrânia.

A Aliança Atlântica "vigia de perto" a situação, sublinhou ainda Stoltenberg, reiterando que os aliados consideram "ilegal" a anexação da Crimeia.

Leia Também: EUA estão a "reconstruir" laços com aliados, diz Stoltenberg

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