A Alemanha registou hoje um novo recorde na taxa de incidência de covid-19. Segundo os dados mais recentes do Instituto Robert Koch (RKI), o número de novos casos por cem mil pessoas nos últimos setes dias atingiu 303.
"Precisamos de mais testes e mais vacinas, e de controlar as infeções. Não devemos ter como objetivo um novo 'lockdown', mas sim restrições 2G ou 3G (em alemão, as palavras 'vacinado', 'recuperado' e 'testado' começam com a letra 'G')", alertou o presidente do ifo, Clemens Fuest.
O número de casos na Alemanha aumentou 23.607 nas últimas 24 horas e foram registadas 43 novas mortes. Há agora um total de 97.715 vítimas mortais e mais de cinco milhões de casos.
"Existe um risco particularmente alto quando as unidades de cuidados intensivos ficarem cheias, principalmente com pacientes não vacinados. E, à medida que os hospitais se aproximam da sua capacidade máxima, as escolas serão obrigadas a fechar novamente. Isso terá custos económicos e sociais extremamente elevados a longo prazo", alertou Clemens Fuest.
A agência France-Presse revelou este domingo que a Alemanha está a preparar o regresso maciço ao teletrabalho, segundo um projeto de lei do Governo para conter uma nova vaga da pandemia covid-19, depois de o ter levantado em julho deste ano.
A reintrodução da norma do trabalho no domicílio surge na sequência do aumento "inquietante" dos números de novos casos diários e de mortes, desde meados de outubro, num país em que a taxa de vacinação atinge apenas 67%.
A covid-19 provocou pelo menos 5.094.101 mortes em todo o mundo, entre 252.864.960 infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.257 pessoas e foram contabilizados 1.107.488 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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