Este sábado, durante um comício da American Faith, um meio de informação cristão, em San Antonio, Michael Flynn apelou ao estabelecimento de “uma religião” nos Estados Unidos, algo que mereceu duras críticas, segundo o The Guardian.
“Se vamos ter uma nação sob Deus, o que devemos ter, temos de ter uma religião. Uma nação sob Deus e uma religião sob Deus”, assinalou o aliado de Donald Trump, que foi o primeiro conselheiro de Segurança Nacional do antigo presidente.
A declaração de Flynn vai contra um dos princípios salvaguardados pela Constituição norte-americana. A liberdade religiosa consta da primeira emenda da Constituição dos Estados Unidos, que salienta que o “Congresso não deve fazer uma lei relativamente ao estabelecimento de uma religião, ou proibindo o exercício livre” da religião.
Ilhan Omar, a congressista democrata eleita pelo estado do Minnesota e uma das primeiras mulheres muçulmanas a ser eleita para o Congresso dos Estados Unidos, criticou Michael Flynn. “Estas pessoas odeiam a Constituição”, vincou.
Mark Hertling, um general aposentado, tal como Michael Flynn, também condenou o apelo ao estabelecimento de uma religião no país. Hertling descreveu Flynn como uma “vergonha para o exército dos Estados Unidos” e considerou que “as suas palavras são nojentas”.
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