Polónia diz que a Bielorrússia está a retirar migrantes em autocarros

Os migrantes que passaram vários dias num acampamento improvisado no lado bielorrusso da fronteira oriental da Polónia estão a ser retirados em autocarros, disse hoje fonte do governo polaco.

Notícia

© Getty Images

Lusa
17/11/2021 14:31 ‧ 17/11/2021 por Lusa

Mundo

Migrações

Desde 8 de novembro, um numeroso grupo de pessoas oriundas do Médio Oriente está retido numa passagem de fronteira com a Polónia, na esperança de entrar na Europa, fugindo de situações de conflito.

A tensão aumentou na terça-feira, quando as forças polacas na fronteira usaram canhões de água e gás lacrimogéneo contra os migrantes que arremessavam pedras, acusando o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, de orquestrar a pressão migratória.

Hoje, as autoridades polacas disseram que a situação tinha acalmado, tendo registado apenas 161 tentativas entrada ilegal na Polónia e observando que o campo de acolhimento de migrantes de Kuznica estava menos lotado.

"Recebi informações de que Lukashenko forneceu os primeiros autocarros e que os migrantes estão a começar a retirar", disse Maciej Wasik, vice-ministro do Interior da Polónia.

Não se sabe para onde os migrantes estão a ser levados e as informações fornecidas pelas autoridades são difíceis de verificar, devido às restrições que os jornalistas enfrentam, em ambos os lados da fronteira.

A Polónia mantém o estado de emergência e jornalistas e defensores de direitos humanos são mantidos longe das fronteiras.

O Iraque tem feito um apelo aos seus cidadãos para que regressem a casa desde as fronteiras da Bielorrússia, explicando-lhes que as entradas na União Europeia estão fechadas.

Os primeiros voos de regresso ao Iraque estão agendados para quinta-feira.

A agência de notícias estatal bielorrussa Belta relatou que os migrantes estão a receber abrigo dentro de um centro de logística, na fronteira, permitindo-lhes sair de tendas ao ar livre.

O Ocidente acusa Alexander Lukashenko de estar a usar os migrantes como arma política para desestabilizar a União Europeia, em retaliação às sanções contra o regime bielorrusso, por causa da repressão contra os seus opositores.

Leia Também: Migrações. Moscovo considera inaceitável que Polónia recorra à força

Partilhe a notícia


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas