"É vital que a transição recupere a legitimidade que tinha (...). Se o exército cumprir esse objetivo e fizer o que for preciso, considero que pode retomar o apoio da comunidade internacional, que foi sempre significativo", afirmou Blinken numa conferência de imprensa em Nairobi, no decurso de uma deslocação por vários países africanos.
Os Estados Unidos da América (EUA) suspenderam a continuação da ajuda que estavam a prestar ao Sudão, no valor de 700 milhões de dólares (cerca de 620 milhões de euros), após o golpe militar de outubro que interrompeu o processo de transição democrática lançado em 2019, depois da queda do ditador Omar al-Bashir, que estava no poder há 30 anos.
Em 25 de outubro, o general Abdel-Fattah al-Burhan, que chefiava as autoridades de transição, que incluíam militares e civis, declarou o estado de emergência, dissolveu o governo e ordenou a detenção dos líderes civis.
Desde então, as manifestações contra o golpe militar multiplicaram-se, a mais recente das quais ocorreu hoje em Cartum e que juntou milhares de pessoas, apesar do corte total das comunicações por telefone e Internet.
A repressão aos protestos provocou até agora 29 mortos e centenas de feridos.
Diante do impasse político, Washington enviou ao país a secretária de Estado Adjunta para os Assuntos Africanos, Molly Phee.
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