Novo balanço de 53 mortos num presumível ataque rebelde no Burkina Faso

Pelo menos 49 efetivos paramilitares e quatro civis foram mortos no ataque do passado domingo por suspeitos rebeldes num destacamento da guarda burquinabé em Inata, no norte do Burkina Faso, segundo um novo relatório divulgado hoje pelo governo.

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Lusa
17/11/2021 18:23 ‧ 17/11/2021 por Lusa

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Ataque

"Podemos estabelecer o seguinte balanço: 49 guardas mortos, quatro civis [mortos]. Felizmente, encontrámos 46 guardas", disse o porta-voz do executivo burquinabé, Ousseni Tamboura, no final do conselho de ministros.

Um balanço anterior, divulgado na passada segunda-feira, dava conta de que 28 elementos das forças de segurança e quatro civis tinham sido mortos.

O número de mortos hoje avançado pode ainda aumentar. O destacamento da guarda em Inata, uma cidade da região do Sahel próxima da fronteira com o Mali, integra cerca de 150 homens, de acordo com fontes locais.

O destacamento foi atacado no domingo por "um grande número de indivíduos armados", que se deslocaram "em várias 'pick-ups' e motos", segundo uma fonte de segurança que descreveu "longas trocas de fogo" entre os atacantes e os paramilitares.

Este foi um dos ataques mais mortíferos contra as forças de defesa e segurança burquinabés desde que o Burkina Faso começou a ser palco de ações 'jihadistas', há cerca de seis anos.

Tamboura anunciou ainda que o comandante das forças armadas no setor norte do país foi removido do posto após o ataque.

O Burkina Faso tem enfrentado ataques 'jihadistas' regulares e mortíferos desde 2015, particularmente nas regiões norte e leste do país, na chamada zona das "três fronteiras", com o Mali e o Níger, outros dois países igualmente afetados por operações frequentes de jihadistas armados.

A violência, por vezes misturada com confrontos intercomunitários, matou até agora cerca de 2.000 pessoas e obrigou 1,4 milhões a fugir das suas casas.

Na terça-feira, várias centenas de pessoas participaram em manifestações em várias cidades do Burkina Faso para exigir a demissão do executivo devido à "incapacidade de impedir os ataques terroristas".

O ataque em Inata levou o governo burquinabé a declarar um luto nacional no país, entre a passada terça-feira e esta quinta-feira.

Leia Também: Níger. Pelo menos doze civis morreram em ataque alegadamente 'jihadista'

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