"O que vimos neste fim de semana é violência pura", disse Rutte aos jornalistas, acrescentando que "nunca aceitará que idiotas" sejam violentos com a polícia "sob o pretexto de que estão infelizes" devido às restrições sanitárias.
No domingo, manifestações violentas ocorreram em várias cidades dos Países Baixos e 145 pessoas foram detidas em três noites de distúrbios, disseram a polícia e os meios de comunicação locais.
"Estas são puras explosões de violência dirigida contra a nossa polícia, contra os nossos bombeiros, contra as pessoas a bordo de ambulâncias, que não têm nada a ver com uma manifestação", disse Rutte, citado pela RTL Nieuws.
"A polícia e a justiça farão tudo o que estiver ao seu alcance para que aqueles que estejam por trás desta situação sejam responsabilizados", continuou ele.
Os Países Baixos reintroduziram na semana passada medidas para combater o aumento de novos casos do SARS-CoV-2 e que afetam, em particular, o setor da restauração, que deve encerrar às 20:00.
"Percebo que há muita tensão na sociedade porque tivemos que enfrentar por muito tempo toda a aflição causada pelo novo coronavírus e, como primeiro-ministro, como liberal, sempre lutarei para que as manifestações se realizem neste país, dentro do quadro da nossa democracia, do nosso estado de direito", declarou Rutte.
"(...) o que nunca vou aceitar é que os idiotas usem de violência pura, sob o pretexto de que estão infelizes, contra as pessoas que estão presentes no terreno todos os dias (...) para manter o país seguro", acrescentou.
A agitação começou na sexta-feira, quando uma "orgia de violência" eclodiu na cidade de Roterdão, resultando em quatro manifestantes feridos por tiros da polícia.
Cinco polícias ficaram feridos em Haia na noite de sábado em confrontos com manifestantes, que atiraram pedras, queimaram bicicletas e dispararam fogo de artifício. Até domingo, pelo menos 12 pessoas ficaram feridas nas manifestações.
A covid-19 provocou pelo menos 5.148.939 mortes em todo o mundo, entre mais de 256,91 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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