Covid-19: Primeiro-ministro belga condena violência em manifestação

O primeiro-ministro belga condenou hoje a "violência inaceitável" durante uma manifestação contra restrições para conter a pandemia de covid-19, domingo em Bruxelas, que reuniu cerca de 35.000 pessoas e degenerou em confrontos com a polícia.

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Lusa
22/11/2021 15:55 ‧ 22/11/2021 por Lusa

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"O que vimos não tem nada a ver com liberdade, é um comportamento criminoso e os nossos serviços policiais farão o seu melhor para identificar as pessoas que incitaram à violência", disse Alexander De Croo numa conferência de imprensa no final de um encontro com o homologo francês.

"Somos um país livre, há o direito de manifestação, mas temos de acabar com a onda de violência", disse De Croo quando questionado sobre o protesto de domingo, que levou à detenção de 44 pessoas.

Na mesma linha, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, já tinha declarado hoje considerar como atos de "violência pura" realizados por "idiotas" as manifestações violentas nos Países Baixos durante o fim de semana contra as restrições impostas devido à pandemia

De Croo disse compreender a "desilusão" e as "dúvidas" de algumas pessoas em relação à luta contra a pandemia, mas considerou que o debate deve ser realizado "com base em informações corretas e não em desinformação".

"Não nos deixemos separar. Temos uma luta contra o vírus e não entre a população", sublinhou, condenando os distúrbios em que três policias ficaram feridos.

Na tentativa de controlar uma nova vaga de casos de covid-19 no país, a Bélgica estendeu o uso obrigatório de máscaras a partir dos 10 anos e decidiu que o teletrabalho é obrigatório, quatro dias por semana e sempre que possível, pelo menos até 12 de dezembro.

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, que também compareceu na conferência de imprensa, apoiou os argumentos do seu homólogo belga.

Na reunião entre a Bélgica e a França foi discutida a cooperação na luta contra a covid-19, mas também as migrações, o terrorismo e a segurança.

De Croo destacou a "posição comum" da Bélgica e da França em muitas áreas e Castex mencionou em particular o reforço da cooperação entre os dois países na luta contra o terrorismo, especialmente após os atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris.

Concordaram igualmente numa melhor coordenação para responder à luta contra a imigração irregular nas fronteiras externas com o Reino Unido e para aumentar a cooperação com os Países Baixos e a Alemanha.

A covid-19 provocou pelo menos 5.148.939 mortes em todo o mundo, entre mais de 256,91 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse com base em fontes oficiais.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Leia Também: AO MINUTO: Mortes? Não havia tantas há 3 meses; Internados seguem a subir

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