"Acho que algumas pessoas deviam parar de usar deliberadamente esta questão para fins hostis e, especialmente, transformá-la numa questão política", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, em conferência de imprensa.
Peng Shuai, que venceu o Torneio de Roland Garros em duplas, em 2014, acusou o ex-vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli, no início de novembro, de forçá-la a ter relações sexuais há três anos.
Até agora, e apesar de questionado quase que diariamente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China recusou comentar o assunto, afirmando que não se tratava de uma questão diplomática.
Zhao Lijian não especificou exatamente a quem se dirigiram as declarações de hoje.
Além de muitas estrelas do ténis mundial, como Chris Evert e Novak Djokovic, vários países ocidentais, incluindo França, Estados Unidos e Reino Unido, pediram a Pequim para esclarecer o assunto de Peng Shuai.
A campeã finalmente apareceu, no domingo, durante uma videoconferência com o presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach, a garantir que está bem.
A Associação de Ténis Feminino (WTA), órgão que supervisiona o circuito profissional feminino, ameaçou retirar os seus negócios da China se o regime do Presidente Xi Jinping não esclarecer as acusações de Peng.
O caso continua a ser um tabu na imprensa oficial e nas redes sociais na China.
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