"Sem alterações nas taxas de contacto em relação aos níveis atuais, estimamos que os países com o nível mais elevado de cobertura vacinal de mais de 80% estão em 'risco acrescido', enquanto os com os níveis de cobertura vacinal inferiores a 80% estão em 'alto risco'", adverte o mais recente cenário traçado pelo ECDC, hoje divulgado.
A direção da entidade salienta, numa nota de imprensa, que os cenários de modelização do ECDC "indicam que o peso potencial da doença na UE/EEE [Espaço Económico Europeu] a partir da variante Delta será muito elevado em dezembro e janeiro, a menos que sejam agora aplicadas medidas de saúde pública em combinação com esforços contínuos para aumentar a administração de vacinas na população total".
O ECDC apela a um reforço na vacinação contra a covid-19 em todo o espaço comunitário, salientando que na UE/EEE as taxas são de 65,4% da população total vacinada e de 76,5% da população adulta, destacando ainda a necessidade de uma dose de reforço a todos os adultos, com prioridade aos maiores de 40 anos.
O ECDC reitera ainda os apelos para um reforço das medidas não médicas, como o uso de máscara e a limitação dos contactos sociais.
"A situação epidemiológica atual é, em grande parte, impulsionada pela elevada transmissibilidade da variante Delta [do coronavírus SARS-CoV-2], que contraria a redução da transmissão conseguida pela vacinação na UE/EEE", indica o relatório de avaliação de risco.
Na terça-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a doença covid-19 poderá provocar mais cerca de 700.000 mortes na Europa até à primavera se a tendência atual de contágios continuar.
A covid-19 provocou pelo menos 5.165.289 mortes em todo o mundo, entre mais de 258,29 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).
O mesmo balanço dá conta que a Europa totaliza, até à data, 1.495.319 mortes em 81.955.159 casos de infeções pelo novo coronavírus.
A doença covid-19 é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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