Regulador da UE decide hoje sobre uso da Pfizer em crianças até 11 anos
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) vai emitir hoje a sua decisão sobre administração da vacina anticovid-19 da BioNTech/Pfizer a crianças dos 5 aos 11 anos, podendo ser a primeira na União Europeia (UE) para esta faixa etária.
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Mundo Covid-19
Fonte oficial da EMA informou à agência Lusa que uma reunião extraordinária do Comité dos Medicamentos para Uso Humano terá lugar hoje para "discutir a avaliação deste pedido de extensão da utilização da Comirnaty em crianças".
"Se o comité chegar a um parecer, comunicaremos sobre o assunto, muito provavelmente ao final da tarde", precisou a mesma fonte oficial do regulador europeu à Lusa.
O Comité dos Medicamentos para Uso Humano é responsável pela preparação dos pareceres da EMA sobre todas as questões relativas a fármacos e está a estudar, desde meados de outubro, a utilização da vacina anticovid-19 Comirnaty (nome comercial da vacina do consórcio farmacêutico BioNTech/Pfizer) em crianças entre os 5 e os 11 anos.
A ser aprovado este uso, será a primeira vacina na UE para crianças desta faixa etária, numa altura em que se verificam aumentos de casos nestas idades e quando os Estados Unidos já a administram.
Atualmente, a vacina Comirnaty está autorizada a partir dos 12 anos, após ter sido pela primeira vez aprovada em dezembro de 2020 para adultos na UE.
O Comité dos Medicamentos para Uso Humano tem estado a rever os dados sobre a vacina, incluindo os resultados de um estudo clínico envolvendo crianças dos 5 aos 11 anos de idade, a fim de decidir se recomenda ou não o alargamento da sua utilização.
O parecer será então enviado à Comissão Europeia, que emitirá uma decisão final.
Esta vacina assenta na tecnologia do RNA mensageiro, com instruções para a produção de uma proteína que está naturalmente presente no SARS-CoV-2, o vírus que causa a covid-19, preparando assim o corpo para se desenvolver da infeção.
Na terça-feira, a Sociedade Portuguesa de Pediatria considerou que as vacinas contra a covid-19 são seguras no grupo etário dos 5 aos 11 anos, mas defendeu que a decisão de vacinar deve ter em conta outros dados, como a prevalência da infeção nas crianças.
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