Citado pela agência espanhola EFE, Pablo M. Díez, correspondente da ABC na Ásia desde 2005 e radicado em Pequim, confirmou que a edição digital do jornal, até agora acessível, "deixou de estar disponível desde segunda-feira" na China.
"Não recebemos nenhuma notificação oficial, mas tudo indica que se deve a duas reportagens publicadas no fim de semana", explicou o jornalista referindo-se a dois textos da sua autoria: um perfil do governante chinês, incluído numa rubrica sobre ditadores comunistas, e uma reportagem sobre celebridades que desapareceram temporariamente após terem problemas com o Governo chinês.
A ABC junta-se, assim, aos jornais espanhóis El País e El Confidencial, que estão também bloqueados na Internet chinesa.
Dezenas de outros órgãos de comunicação internacionais, incluindo os norte-americanos The New York Times ou The Washington Post, ou os britânicos The Guardian e BBC, estão também bloqueados na China.
As autoridades chinesas também bloqueiam o acesso às principais redes sociais, incluindo as plataformas Facebook, Twitter, YouTube, Instagram e a aplicação de mensagens instantâneas WhatsApp.
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