Embora o novo governo ainda não tenha tomado posse, o general Carsten Breuer já foi designado em despacho da chancelaria, segundo o Der Spiegel.
Scholz anunciou na semana passada, quando apresentou o pacto de coligação governamental com o partido ecologista e o partido liberal, que ia criar uma equipa permanente de crise, composta por representantes do Governo federal, dos estados federados e das autoridades municipais, além de especialistas de referência.
O dirigente liberal que deverá ser o próximo ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, avançou no domingo, durante um debate na televisão, que a equipa seria liderada por um militar.
O general Breuer, de 57 anos, já coordenou as operações do Exército relacionadas com a campanha de vacinação e apoio logístico do Governo cessante.
A sua prioridade foi, até agora, acelerar a vacinação, num país onde a taxa da população com o esquema completo de vacinas - 68,5% - permanece abaixo de outros países europeus, apesar dos repetidos apelos de responsáveis políticos e especialistas em saúde para que as pessoas sejam imunizadas.
A coligação de Scholz deverá impor a vacinação obrigatória pelo menos nos setores profissionais mais sensíveis ou em contacto com a população vulnerável.
A imposição foi pedida pelos dirigentes dos 'Länder' (os estados federados) no último encontro com o executivo federal cessante, há 15 dias.
Scholz prometeu promover o objetivo através de uma proposta de lei a apresentar ao Parlamento antes do final do ano.
Scholz, a atual chanceler, Angela Merkel, e os líderes regionais têm hoje uma reunião de emergência para discutir os repetidos alertas lançados por especialistas para que sejam adotadas medidas imediatas de combate à covid-19 sem que se tenha de esperar pela mudança de poder.
O Tribunal Constitucional da Alemanha abriu caminho a novas restrições, ao autorizar hoje a adoção de medidas nacionais semelhantes às que foram impostas para combater a terceira vaga da pandemia.
A incidência semanal acumulada da covid-19 na Alemanha registou hoje, pela primeira vez em várias semanas, uma ligeira queda e ficou em 452,2 novas infeções por cada 100 mil habitantes, face a 452,4 contabilizadas na segunda-feira, segundo dados do Instituto Robert Koch (RKI) de virologia. Há um mês a incidência era de 153,7 por cada 100 mil habitantes.
A covid-19 provocou pelo menos 5.206.370 mortes em todo o mundo, entre mais de 261,49 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China e atualmente com variantes identificadas em vários países. Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul.
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