O congressista Bennie Thomson anunciou hoje que a comissão chegou a um acordo com Meadows, após dois meses de negociações e na sequência de o Departamento de Justiça ter indiciado Steve Bannon, ex-assessor de Trump, por desobediência ao Congresso, quando se recusou a testemunhar e a entregar documentos à comissão que investigava o ataque de 06 de janeiro ao Capitólio, invadido por apoiantes de Trump.
Bennie Thompson informou que, no âmbito da sua colaboração, Meadows já forneceu documentos e está disponível para fazer um depoimento.
"A comissão espera que todas as testemunhas, incluindo Meadows, forneçam todas as informações solicitadas", disse Thompson, num comunicado.
O advogado de Meadows, George Terwilliger, disse que vai trabalhar com a comissão e que o seu cliente não vai invocar o direito de não prestar declarações, ao abrigo do seu estatuto de antigo assessor da Casa Branca.
O acordo com Meadows permitirá ficar a conhecer melhor o papel de Donald Trump na invasão do Capitólio, depois de o ex-Presidente ter negado o acesso a conversas privadas com os seus assessores na altura dos acontecimentos.
A comissão do Congresso contestou os argumentos de Trump, mas, agora, a sua prioridade é agir rapidamente na investigação e evitar complicações legais que possam atrasar o processo.
Os elementos da comissão do Congresso dizem que as questões que vão colocar a Meadows não envolvem diretamente as conversas deste ex-assessor da Casa Branca com Trump e que, por isso, não podem ser rejeitadas à luz do privilégio presidencial.
Na intimação da comissão, foram mencionados os esforços de Meadows para perturbar o processo de validação da vitória presidencial de Joe Biden e a pressão sobre as autoridades estaduais para apoiarem as falsas alegações do ex-Presidente, que denunciou fraude eleitoral.
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