Na sequência da sua conversa telefónica com Putin, que segundo as agências noticiosas russas durou cerca de duas horas e terminou próximo das 17:00 de Lisboa, Biden vai telefonar para o Presidente francês, Emmanuel Macron, para a chanceler alemã, Angela Merkel, para o primeiros-ministro italiano, Mario Draghi, e para o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
A Casa Branca recorda que Biden já tinha falado com estes seus aliados, tendo-lhes prometido que os manteria "em contacto próximo", a propósito da cimeira telefónica com o Presidente russo.
O assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, responderá ainda hoje a perguntas dos jornalistas sobre o telefonema entre Biden e Putin, numa conferência de imprensa.
Tratou-se da segunda reunião entre os dois líderes, depois de um encontro presencial realizado em junho passado em Genebra (Suíça).
A conversação virtual ocorre numa altura de forte tensão nas relações russo-ucranianas, com Kiev a acusar a Rússia de concentrar mais de 90.000 soldados na fronteira com o objetivo de atacar o seu território durante o inverno.
Em paralelo, Moscovo acusa Kiev de ter concentrado 125.000 efetivos na região do Donbass (leste da Ucrânia), em plena linha da frente do conflito que envolve há vários anos forças ucranianas e separatistas pró-russos, o que significaria metade dos efetivos das Forças Armadas ucranianas.
De acordo com o jornal norte-americano Washington Post, os serviços de informações dos Estados Unidos admitem que a Rússia poderia aumentar a sua presença militar na fronteira com o país vizinho até aos 175.000 efetivos.
Na passada sexta-feira, Joe Biden admitiu estar a preparar um "pacote de iniciativas" para proteger a Ucrânia de um eventual ataque russo.
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