Scholz, que assumirá a nona chancelaria desde o final da II Guerra Mundial, sucede no cargo à conservadora Angela Merkel, que passa o poder após 16 anos no executivo germânico a quem foi vice-chanceler e ministro das Finanças na sua última grande coligação.
O novo chanceler eleito recebeu 395 votos.
A coligação de três partidos detém 416 dos 734 assentos na câmara baixa do parlamento.
Scholz será ainda hoje formalmente nomeado chanceler pelo presidente da Alemanha e empossado pelo presidente do Parlamento.
O executivo de Scholz assume grandes esperanças em modernizar a Alemanha e no combate às alterações climáticas, mas enfrenta o desafio imediato de lidar com a fase mais difícil do país, associada à pandemia do coronavírus.
O novo chanceler alemão, 63 anos, vai, ainda de manhã, deslocar-se à residência do Presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, para receber o "ato de nomeação", após o que os trabalhos do Parlamento serão retomados para proceder à posse formal.
Scholz vai tomar posse no parlamento às 12:30 locais (11:30 em Lisboa), e jurar que se dedicará "ao bem-estar do povo alemão".
Pelas 13:35 locais, está prevista a posse dos 16 ministros, oito homens e oito mulheres, depois da sua nomeação formal por Steinmeier.
A sessão parlamentar de hoje começou diretamente com a votação, após uma breve saudação da presidente do Bundestag, a social-democrata Barbel Bas, que também deu as "boas-vindas" a Merkel, sentada na tribuna de honra.
Merkel, que anunciou reiteradamente que não irá ocupar qualquer cargo político e que se recusou a apresentar-se a candidata a deputada nas eleições gerais, foi recebida com uma grande ovação por parte dos deputados.
Entre os convidados figurava também o ex-chanceler Gerhard Schroeder, antecessor de Merkel e último social-democrata, antes de Scholz, na chancelaria alemã.
O novo governo, tripartido e inédito a nível federal, será o mais igualitário da história da Alemanha, já que oito dos seus 16 ministérios - 17, com o cargo de chanceler - serão ocupados por mulheres.
O Partido Social Democrata (SPD), força mais votada nas eleições gerais de setembro passado, com 25,7% dos votos, corresponde a sete ministérios, além da Chancelaria.
Os Verdes, que obtiveram 14,8%, terão cinco pastas, incluindo o superministro de Economia e Clima, para o copresidente Robert Habeck, que também será o vice-chanceler, enquanto outra copresidente, Annalena Baerbock, ocupará os Negócios Estrangeiros.
O FPD, com 11,5% nas últimas eleições, terá quatro ministérios, incluindo o "departamento chave" do poder financeiro europeu, que ficará a cargo do seu líder, Christian Lindner.
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