Os novos casos de covid-19 da África do Sul continuam a aumentar.
Nas últimas 24 horas, a África do Sul registou 22.391 novos casos, quando no início de novembro registava cerca de 200 casos diários, e mais de 90% dos novos casos são da Ómicron, de acordo com pesquisas de sequenciação genética.
A Autoridade Reguladora dos Produtos de Saúde da África do Sul aprovou a vacina da Pfizer como dose de reforço para pessoas com 18 anos ou mais, seis meses após terem recebido a segunda dose.
O organismo regulador também aprovou uma terceira dose para pessoas com 12 anos ou mais que estejam "severamente imunocomprometidas", que pode ser tomada 28 dias após a segunda dose.
O organismo regulador encorajou os fabricantes de vacinas a fornecer dados sobre a utilização de diferentes vacinas num indivíduo.
A aprovação veio um dia depois da Pfizer ter anunciado que um estudo de laboratório mostrou que a sua vacina de duas doses contra a covid-19 tinha reduzido a eficácia contra a variante Ómicron, mas declarou que uma dose de reforço era eficaz contra a nova variante.
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, reuniu-se hoje com o comité consultivo ministerial da covid-19 para discutir o número crescente de infeções e o impacto da propagação da variante.
Ramaphosa e os seus conselheiros especializados deveriam também discutir a questão candente de saber se o Governo deveria tornar as vacinas obrigatórias. Algumas empresas privadas e universidades já anunciaram que irão implementar a obrigação de vacinas.
Apesar de dispor de fornecimentos adequados de mais de 19 milhões de doses de vacinas, a campanha de vacinação da África do Sul sofreu um atraso.
Pouco mais de 14 milhões de sul-africanos foram totalmente vacinados, representando 36% da população adulta e cerca de 24% da população total. A taxa relativamente lenta de vacinação faz com que o objetivo do Governo de vacinar 67% da população até fevereiro pareça irrealista.
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